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10/Abr/2023

Avicultura pode avançar no mercado internacional

Referência mundial na exportação de proteína animal, o Brasil avança na conquista de novos mercados internacionais, mas também tem grande potencial para melhorar o acesso comercial a países que já são consumidores. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) discutiu sobre como ganhar esses espaços, biosseguridade e projeções para a avicultura nacional. O momento é desafiador para a avicultura mundial com a intensificação da Influenza Aviária. O Brasil continua livre da doença, enquanto todos os países vizinhos têm casos. A biosseguridade e o trabalho que os veterinários têm feito junto das empresas e do governo manteve os plantéis brasileiros longe dessa doença. Essa é uma grande vitória para o Brasil. Mas, caso a Influenza Aviária chegue ao País, o setor está preparado para segregar e erradicar o foco.

Há um protocolo nacional de preparação para a crise. Entre as medidas estão garantir a blindagem da água, garantir água clorada, fechar aviários para impedir a entrada de pássaros, não fazer visitas aos aviários, revisar cercas de contenção, usar roupas exclusivas para entrar no aviário e fazer a desinfecção de veículos que acessarem a propriedade. A biosseguridade na granja é imprescindível para evitar a contaminação. Diante deste cenário sanitário global turbulento, na condição de livre de Influenza Aviária, o Brasil deve aproveitar seu status para implementar novos acordos comerciais. O País é o maior exportador mundial de carne de frango e o segundo maior produtor, com 35% do market share, e as projeções do setor mostram que é possível avançar.

Não significa necessariamente abrir mercados novos, mas ganhar mais espaço. A Índia, por exemplo, impõe taxas de importação de 100% sobre produtos de frango e de 30% sobre frangos inteiros. Essas são barreiras difíceis e se um acordo fosse realizado para reduzir essas taxas, poderia dar mais acesso para o Brasil a esse mercado, embora ele já esteja aberto. O consumo de alimentos só aumenta e as expectativas do mundo estão voltadas para o Brasil. Enquanto países como Canadá, Estados Unidos e Austrália têm projeções de aumentar a produção de alimentos para atender a demanda global em 9% e 10%, no Brasil esse índice sobe para 41%. A carne de frango e os ovos, inclusive, apresentaram o maior aumento de consumo de proteína animal no mundo, entre 2010 e 2022.

Somente no ano passado, as exportações brasileiras da proteína totalizaram 4,8 milhões de toneladas, volume recorde que superou em 4,6% o total exportado nos doze meses de 2021. Entre os principais destinos estão a China, os Emirados Árabes Unidos, as Filipinas, a União Europeia e a Coreia do Sul. Para este ano, no contexto de mudanças no mercado internacional por conta do conflito no Leste Europeu e da Influenza Aviária, o Brasil pode superar os patamares do ano passado. Os primeiros resultados do ano confirmam a estimativa otimista do setor. Em janeiro, foram exportadas 420,9 mil toneladas, aumento de 20,6% em relação ao total exportado no mesmo mês do ano passado. O País tem importantes acordos comerciais, mas precisa aumentar a competitividade e seguir na consolidação como grande exportador de carne de frango. Fonte: Nucleovet. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.