06/Abr/2023

As exportações brasileiras de carne bovina in natura no primeiro trimestre de 2023 registraram o segundo melhor desempenho da história para esse período. Vale lembrar que os envios de carne bovina à China estiveram suspensos por um mês, o que evitou que o resultado fosse ainda melhor. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne bovina in natura, de janeiro a março deste ano, somaram 411,08 mil toneladas, abaixo apenas do mesmo período de 2022 (-12,36%), quando os envios foram recordes para o período. Frente ao primeiro trimestre de 2021, observa-se forte aumento de 19,75%.

Em março, especificamente, o volume exportado pelo Brasil foi apenas o quinto maior para o mês, considerando-se a série histórica da Secex. Foram escoadas 124,43 mil toneladas, atrás dos volumes de março dos três anos anteriores (2022, 2021 e 2020) e de 2007. Em relação ao volume de fevereiro/2023, houve retração de 1,6% e, frente ao de março/2022, de expressivos 26%. Além de a quantidade embarcada ter recuado por conta da suspensão da China, chama a atenção a desvalorização da tonelada da carne exportada em março/2023, que chegou ao menor patamar desde abril/2021.

Em março/2023, o preço médio pago pela carne foi de US$ 4.812,05 por tonelada, 0,9% abaixo da média de fevereiro/2023 e 18,43% inferior à de março/2022. A média de março/2023, inclusive, ficou 17,3% inferior à dos últimos 12 meses (de março/2022 a fevereiro/2023), de US$ 5.816,60 por tonelada. Com a retração das vendas externas e a desvalorização da carne exportada em março, a receita arrecada também caiu. Em março, o montante somou US$ 598,79 milhões, queda de 2,47% frente ao de fevereiro/2023 e 40,09% inferior ao montante de março/2022. No trimestre, a receita foi de US$ 1,9 bilhão, baixa de 24,01% frente ao primeiro trimestre de 2022. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.