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06/Abr/2023

Piauí está reforçando vigilância contra Gripe Aviária

A Secretaria de Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), através da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), realiza um trabalho de monitoramento em aves de 21 municípios do Estado. A ação faz parte de uma série de atividades que têm sido desenvolvidas com o objetivo de comprovar a ausência da circulação do vírus da Influenza Aviária (IA) e da Doença de Newcastle no Brasil, além de ativar o alerta em relação aos problemas no Estado. O avanço da Influenza Aviária em países da América do Sul tem preocupado bastante e deixou o Ministério da Agricultura e o setor avícola em alerta, pois representa um risco iminente para o setor. Por conta desse alerta, a Sada, através da Adapi, assim como todas as agências do País, está intensificando as fiscalizações em estabelecimentos avícolas comerciais, de subsistência, venda de aves vivas, pontos e propriedades de risco para o cumprimento de medidas de biosseguridade.

A Sada também tem intensificado as ações de educação sanitária, através de reuniões, palestras, entrevistas e outras ações. O Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA) da Adapi explica que essa fiscalização é um estudo epidemiológico contínuo realizado através de vigilância ativa e passiva, cujos objetivos do plano de vigilância são a detecção precoce de casos de Influenza Aviária e da Doença de Newcastle (DNC), nas populações de aves domésticas e silvestres; demonstrar a ausência dessas doenças na avicultura do estado para manter a condição sanitária de livre dessas doenças e, em caso de ocorrência, monitorar as cepas virais da Influenza Aviária para subsidiar estratégias de saúde pública e saúde animal. Nessa fase, a ação acontece em municípios selecionados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

O Piauí está dando prosseguimento ao Plano Nacional de Vigilância de Influenza Aviária (IA) e Doença de NewCastle (DNC). Um dos componentes desse plano é a realização do inquérito soroepidemiológico. No ano passado, nos meses de novembro e dezembro, houve coleta em granjas comerciais do Estado e de todo o País, e agora, acontece nos municípios selecionados ao longo das rotas migratórias. Foram coletadas amostras de soro e swab de traqueia e cloaca nas propriedades com criatórios de subsistência. As amostras serão encaminhadas para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), até o dia 29 de abril. Até a segunda quinzena do mês de abril, essa ação já deve ter sido executada, porque todos os Estados do País têm prazo determinado pelo Ministério da Agricultura para o envio dessas amostras para o LFDA em Campinas (SP). Após o envio das amostras, o LFDA irá elaborar um relatório e enviar para cada Estado.

A previsão é que o resultado seja apresentado no final do ano. Quando todos os Estados encaminharem suas amostras será elaborado um relatório baseado nos resultados. Provavelmente até o final do ano esse relatório estará disponível. O laboratório só irá encaminhar algum resultado imediato se houver alguma amostra positiva, ou para Influenza Aviária ou doença de newcastle. A doença representa um grande risco econômico ao Brasil, uma vez que o País é o maior exportador de carne de frango do mundo. No Piauí, há poucos produtores comerciais. Praticamente todos os produtos da cadeia produtiva do frango, seja carne ou ovos, se destina ao mercado interno. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Piauí abateu apenas 0,1% de aves em 2020, enquanto estados como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, somaram juntos 64% dessa produção, sendo os maiores detentores do setor avícola do País.

No entanto, a introdução do vírus da Influenza Aviária no País, independente do Estado, representa um problema nacional. A Sada, por meio da Adapi orienta os produtores principalmente em relação à aplicação de medidas de biosseguridade, como por exemplo, controlar entrada e saída de pessoas e de veículos nas propriedades, controle de pragas e insetos, evitar o contato dos animais com aves silvestres ou com outras aves e o uso de telas nos galpões. São várias medidas de biosseguridade que o produtor deve adotar para minimizar o risco dessa doença em sua propriedade, seja ela comercial ou de subsistência. Além disso, também é importante notificar qualquer suspeita de animais doentes. Principalmente se houver alta mortalidade em um curto espaço de tempo. Fonte: Governo do Piauí. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.