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05/Abr/2023

Frango: bom desempenho da exportação em março

Março, um dos dois meses mais longos do ano em termos de dias úteis (23), propiciou resultado excepcional na exportação de carne de frango: 484.177 toneladas embarcadas, volume 37% superior ao registrado no mês anterior e 100 mil toneladas a mais (+26%) que no mesmo mês do ano passado. Nesse desempenho estão contidos pelo menos quatro novos recordes: melhor média diária de todos os tempos; maior volume embarcado em um mês de março; maior volume mensal já exportado em todos os tempos; maior volume já embarcado em um trimestre.

A média diária exportada em março superou as 21 mil toneladas, aumentando 7,21% em relação a fevereiro (19 dias úteis) e mais de um quinto (20,45%) em relação a março de 2022 (22 dias úteis). Foi a melhor média diária mensal registrada na história das exportações, ultrapassando as 20.738 toneladas por dia registradas em abril de 2022. Em termos do mês de março, o recorde anterior foi registrado no ano passado, ocasião em que foram embarcadas 384.503 toneladas de carne de frango in natura. Mas, esse recorde acaba de ser batido de forma significativa, com o adicional de 100 mil toneladas que corresponde a um volume superior ao de março de 2022.

Até aqui, os embarques mensais do produto in natura haviam chegado às 400 mil toneladas em apenas duas ocasiões: em maio/2022, quando foram exportadas 400.759 toneladas e em julho de 2018, quando as exportações atingiram 438.563 toneladas. Porém, tudo indica que este recorde tenha sido apenas contábil, resultante de “sobras” do mês anterior (em junho de 2018 o volume divulgado correspondeu à metade do que seria apontado para julho). Na realidade, o recorde efetivo foi registrado em maio do ano passado e está sendo superado agora por volume mais de 20% superior.

Com o bom resultado de março, o total exportado nos três primeiros meses do ano soma 1,226 milhão de toneladas, superando em 18% o que foi embarcado no mesmo trimestre do ano passado. Trata-se, igualmente, de novo recorde. Não apenas em relação ao primeiro trimestre, mas em relação também aos demais trimestres (demais recordes trimestrais: 1,188 milhão de toneladas no 2º trimestre de 2022; 1,142 milhão de toneladas no 3º trimestre de 2018; 1,063 milhão de toneladas no 4º trimestre de 2021).

Naturalmente, todos esses resultados são reflexo do fato de o Brasil permanecer como o único dos grandes exportadores a não registrar caso de Influenza Aviária. Porém, tal status ainda não se refletiu no preço do produto, pois o valor registrado em março, (de US$1.862,74 por tonelada) recuou 1,31% em relação a fevereiro, superando em apenas 2,2% o que foi alcançado há um ano, no mesmo mês. De toda forma, isso não teve grande interferência na receita cambial: pela primeira vez ela superou os US$ 900 milhões, portanto, um novo recorde, que supera os pouco mais de US$ 880 milhões de junho do ano passado. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.