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31/Mar/2023

Boi: preços sustentados por demanda exportadora

A disparidade de preços entre o gado que será comercializado para o mercado interno e o que atenderá a exportação está maior, com indústrias mais ativas nas aquisições. As escalas de abate se encurtaram nos frigoríficos exportadores e os bois que atendem o padrão externo têm preços mais altos e demanda maior. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 287,00 por arroba. O boi padrão China é negociado a R$ 300,00 por arroba. Os frigoríficos recém habilitados para atender o mercado chinês estão iniciando suas programações para originação de bois e para a composição de suas escalas. Mas, estão com dificuldade de adquirir essas boiadas em meio à oferta restrita.

A expectativa de forte demanda deve colaborar para a valorização do boi gordo em abril. A expectativa do setor pecuário é de que o mercado spot ganhe liquidez nas próximas semanas, já que há necessidade de compra por parte da China. Ainda assim, as negociações no físico podem ficar contidas em razão das escalas de abate mais alongadas das indústrias. Parte dos pecuaristas que se afastou das vendas no final de fevereiro e ao longo do mês de março deve voltar a buscar a indústria por preços mais remuneradores. No Pará, oferta e demanda equilibradas mantêm os preços do boi gordo estáveis, a R$ 240,00 por arroba a prazo.

No Acre, com o transbordamento dos rios e a dificuldade no escoamento dos bovinos, as escalas de abate se encurtaram. Assim, o boi está cotado a R$ 235,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada do boi acumula desvalorização de 1,71% em março, negociada, em média, a R$ 18,88 por Kg. Ou seja, as recentes altas nos preços do boi gordo no mercado físico não foram repassadas à carne negociada no atacado devido à chegada de final de mês e menor consumo. A média mensal da carcaça casada bovina está em R$ 18,99 por Kg, recuo de 0,75% frente à média de fevereiro/2023 e 11,8% abaixo de março do ano passado.