28/Mar/2023

A Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) prevê dobrar o número de indústrias produzindo biometano até 2024, saindo das cinco unidades de grande porte que estavam em operação ao fim de 2022 para dez plantas já aprovadas para operação e em construção. Hoje, a capacidade instalada do setor é de 400 mil metros cúbicos em condição padrão de temperatura e pressão (Nm³). Com o que está autorizado para construção de plantas, o País chegará em 800 mil Nm³ por dia em 2024. O biometano é o gás gerado no refinamento e processamento do biogás, biocombustível produzido a partir da decomposição de resíduos sólidos urbanos, substâncias do tratamento de esgoto sanitário e resíduos da agroindústria e pecuária.

O biometano tem um papel estratégico, já que consegue reduzir até 90% das emissões em comparação com diesel. Importante ressaltar o potencial do produto para o abastecimento de veículos pesados e a demanda das empresas pela descarbonização. A Abiogás prevê a entrada de 41 novas usinas de biometano no País até 2027, o que ampliaria a capacidade instalada brasileira para 2,9 milhões de Nm³ por dia. O investimento estimado para o desenvolvimento dessas indústrias no Brasil é de R$ 7,4 bilhões. O potencial brasileiro para produção de biogás é estimado em 120 milhões de m³ por dia e a ABiogás estima que o País deverá produzir 32 milhões de m³ de biogás por dia até 2030.

O Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás) reforçou o potencial de parcerias com o agronegócio para o crescimento do setor, que hoje já utiliza subprodutos da cana-de-açúcar, palha de grãos e dejetos de suínos e bovinos para a geração dos biocombustíveis. O agronegócio tem substratos à disposição e uma demanda por combustíveis limpos para fazer logística, então há boas possibilidades de sinergias. Esse crescimento é desejado pelo setor e precisa acontecer de forma segura e sustentável. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.