24/Mar/2023

As negociações no mercado físico de boi gordo acompanham a perspectiva de demanda mais fraca por parte dos consumidores. Com isso, as indústrias compram poucos lotes de boiadas. Outro fator que trava os acordos é a baixa oferta de boiadas no disponível. Os pecuaristas optam por segurar seus bovinos nos pastos, que estão em boas condições, enquanto aguardam preços mais remuneradores. Embora as unidades de abate venham operando com escalas curtas, a estratégia é não alongá-las muito mais do que o espaçamento atual.

As indústrias temem a formação de excedentes de carne bovina nos estoques das câmaras frigoríficas. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 274,00 por arroba à vista e a R$ 281,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 252,00 por arroba a prazo. Em Tocantins, a indústria elevou a procura por boiadas prontas, mas o boi gordo segue estável, cotado a R$ 240,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, as distribuições neste início de semana estão mais fracas, assim como a demanda por parte dos compradores. Esse enfraquecimento pressiona os preços de alguns cortes na comparação diária. A carcaça casada do boi está cotada a R$ 18,00 por Kg e o traseiro do boi é negociado a R$ 21,10 por Kg.