23/Mar/2023

A JBS não prevê queda nas cotações do milho em 2023, mas acredita que talvez haja um arrefecimento nos preços do farelo de soja. O insumo, juntamente com o milho, é o principal alimento de criações de aves e de suínos, carnes que a companhia também produz, além da bovina. O Brasil está tendo uma supersafra de milho, o que está compensando a queda na produção da Argentina, afetada pelo clima seco. Então, mais ou menos o que a Argentina perde o Brasil ganha. Fica agora toda uma atenção para a safra norte-americana de grãos. A safra de milho 2023/2024 nos Estados Unidos começa a ser plantada no próximo mês.

A companhia também aguarda os dados sobre a produção disponível e os estoques de passagem de milho e soja dos Estados Unidos. Qualquer problema climático pode indicar alguma alteração de preços, mas que, se tudo acontecer dentro do previsto, poderá haver reduções de custos, mas não serão tão expressivos. A JBS trabalha com o cenário de custos estáveis neste ano. O foco tem sido melhorar produtividade. Em relação aos estoques de milho da companhia, se trata de uma informação estratégica que a empresa não a compartilha. A JBS será cautelosa em relação a possíveis aquisições ao longo deste ano. O motivo é o cenário de incertezas na economia global. Esse é um momento de bastante cautela, com o uso de caixa e de muita disciplina financeira.

A empresa estará mais cautelosa neste ano. Em relação às margens da JBS Beef, cujo Ebitda ajustado recuou 85,5% no quarto trimestre de 2022 ante o quarto trimestre de 2021, a tendência é de que o ciclo pecuário negativo termine mais rápido do que o previsto. Mas, trata-se de uma projeção que pode não se concretizar. Os ciclos (negativos ou positivos) acontecem em todas as operações da companhia, e a diversificação geográfica é a principal aliada neste sentido. O ciclo negativo) pode fazer alguma diferença nos resultados trimestrais, mas não no acumulado do ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.