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17/Mar/2023

Argentina: pecuária tem impacto ambiental positivo

Nos últimos anos, a atividade pecuária global tem sido repetidamente acusada de gerar um impacto ambiental negativo, a partir da emissão de dióxido de carbono. Mas, um estudo da NASA refutou essas afirmações e mostrou que a Argentina é um dos poucos países do mundo com balanço de carbono positivo. Conforme o Instituto para a Promoção da Carne Argentina (Ipcva), a abordagem tradicional para medir essa variável se baseia na medição do dióxido de carbono, a partir da contagem e estimativa da quantidade desse gás emitida. Um estudo publicado na Earth System Science Data usou medições feitas pela missão Orbiting Carbon Observatory-2 (OCO-2) da NASA. O trabalho oferece uma nova perspectiva, acompanhando tanto as emissões de combustíveis fósseis quanto as mudanças totais nos "estoques" de carbono dos ecossistemas, incluindo árvores, arbustos e solos.

A principal constatação foi que a Argentina é um dos poucos países que aparece com saldo positivo, baseado no sequestro de carbono em florestas, matagais e pradarias (pastagens). Para o Ipcva, a pecuária nacional faz parte do ecossistema natural e constitui uma das atividades que leva a agricultura argentina a ser um ator essencial no manejo da fotossíntese e na recuperação do dióxido de carbono da atmosfera no ciclo natural do carbono. Os recursos forrageiros consumidos pelo gado retiravam dióxido de carbono do ar, como parte do ecossistema natural por meio da fotossíntese. O metano que eles emitem é feito com base no carbono do pasto que consumiram e sua duração é de 10 a 12 anos na atmosfera. Após esse período, o metano é transformado em água e gás carbônico, que é naturalmente absorvido por meio da fotossíntese pelas pastagens. É assim que o ciclo se repete.

Se comparado com outros sistemas pecuários mais industrializados e intensivos, o gado argentino tem uma base nutricional que se caracteriza por um baixo uso de insumos, agroquímicos e fertilizantes químicos. Por outro lado, a pecuária argentina é uma das poucas atividades que permite a transformação de proteína vegetal imprópria para consumo humano em proteína animal de alto valor biológico indicada para consumo humano. Se os sensores da NASA forem mais refinados, esses avanços serão fundamentais para verificar quais países cumprem os compromissos assinados na COP-21 e além. Com essas evidências, a pecuária não deve continuar sendo apontada como uma das causas do aquecimento global e das mudanças climáticas. Fonte: Infocampo. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.