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16/Mar/2023

Boi: Argentina deverá reduzir exportação de carne

Segundo o escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na Argentina, o país deve exportar 780 mil toneladas de carne bovina em 2023, queda de 5,4% em comparação com 2022, quando foram exportadas 825 mil toneladas. Os valores pagos pelos importadores, especialmente China e União Europeia, estão maiores neste ano, o que poderia sugerir alguma mudança na projeção. No entanto, o crescimento será limitado pelas mesmas restrições de exportação que a Argentina tinha em 2022. O governo argentino suspendeu a exportação dos cortes bovinos mais consumidos no país até o fim de 2023, como medida para conter os preços da proteína no mercado doméstico.

Analistas do país duvidam que a Argentina seja capaz de capitalizar, em grande medida, qualquer oportunidade comercial que possa ocorrer pelo auto embargo do Brasil nas exportações da proteína ao mercado chinês, após o registro de um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (BSE), conhecido como “mal da vaca louca”, no Pará. Se as exportações brasileiras para a China, assim como para outros mercados, ficarem suspensas por um período maior, isso poderia impulsionar o embarque de algumas toneladas a mais, mas não em volumes significativos. Este ano ocorrerão eleições presidenciais no país e o preço da carne bovina é “politicamente sensível” na Argentina.

A produção de carne bovina não deve aumentar em 2023, mas qualquer elevação nas exportações desencadearia uma competição direta com o consumo interno, impulsionando os preços domésticos da proteína. A indústria acredita que o governo argentino continuará monitorando de perto os preços da proteína. Como nos últimos anos, espera-se que a China adquira aproximadamente 75% do volume total das exportações argentinas em 2023, enquanto o restante deverá ser enviado para a União Europeia, Israel e os Estados Unidos. Em relação aos preços, a cotação média FOB (free on board) para a China em 2022 foi 16,5% maior do que em 2021. Em contrapartida, o valor recuou 39% no segundo semestre de 2022 e segue até hoje. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.