16/Mar/2023

O recuo nas cotações do suíno vivo nos últimos dias está reduzindo o poder de compra do suinocultor frente aos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja. Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno registra recuo de 1,2% nos últimos sete dias, comercializado a R$ 7,49 por Kg. A pressão sobre os preços vem do enfraquecimento da demanda pela indústria por novos lotes de suínos para abate. No mercado de milho, apesar dos atrasos na semeadura da 2ª safra de 2023 no Brasil, dados oficiais seguem apontando produção nacional recorde.

Na Argentina, novos ajustes negativos nas estimativas levaram à redução na produção mundial que, ressalta-se, só não caiu com mais intensidade por conta da maior colheita no Brasil e da manutenção da produção nos Estados Unidos. Desta forma, o Indicador ESALQ/BM&F do milho (Campinas - SP) está cotado a R$ 85,42 por saca de 60 Kg, recuo de 1,2% nos últimos sete dias. Em relação ao farelo de soja, o preço registra baixa de 0,4% nos últimos sete dias, a R$ 2.762,07 por tonelada. Logo, considerando-se o Indicador ESALQ/BM&F do milho, o suinocultor de São Paulo pode adquirir 5,26 Kg do cereal com a venda de 1 Kg de suíno, 0,7% abaixo da quantidade possível de ser comprada nos últimos sete dias.

Quanto ao farelo de soja, o suinocultor pode comprar 2,71 Kg do derivado com a venda de 1 Kg de suíno, retração de 0,8% nos últimos sete dias. Dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que os abates de suínos diminuíram 4% no quarto trimestre de 2022 frente ao anterior, somando 13,8 milhões de cabeças. Ainda assim, a quantidade abatida no último trimestre de 2022 ficou 3,4% acima da registrada no mesmo período do ano anterior. No acumulado de 2022, foram abatidas 56,1 milhões de cabeças de suínos, 5,9% a mais que em 2021. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.