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13/Mar/2023

Boi: preço estável à espera de retomada da China

O mercado físico do boi gordo se move conforme as expectativas quanto à retomada do fluxo de exportações de carne bovina brasileira à China. Por enquanto, pouco acordos têm sido fechados, com falta de interesse dos frigoríficos, sobretudo os exportadores, mas também dos pecuaristas, que aguardam preços mais remuneradores. Desde que o caso atípico do "mal da vaca louca" foi identificado no Pará e os embarques ao país asiático foram suspensos, o boi gordo tem oscilado pouco. O período de embargo, de mais de 15 dias, deixa o mercado cauteloso, apesar de expectativas de que a retomada dos embarques ocorra ainda neste mês.

Entre os frigoríficos, há um temor de que os lotes de carne bovina que seriam exportados tenham que ser recolocados no mercado doméstico, o que levaria a uma pressão sobre os preços do produto. Mas, internamente, o consumo também não dá sinais de reação, o que desestimula a atividade nas plantas frigoríficas. Grande parte delas chegou a decretar férias coletivas nos últimos dias, de modo a reduzir a capacidade produtiva durante a ausência do principal importador do produto brasileiro. Em São Paulo, os preços se mantêm estáveis e o boi gordo é negociado a R$ 271,00 por arroba à vista e a R$ 276,00 por arroba a prazo. Nos últimos dias, as escalas de abate se encurtaram na maior parte do País e há uma certa dificuldade em avançar as programações operacionais para além da próxima semana.

Isso porque a oferta para boiadas com padrão para exportação é enxuta e os pecuaristas seguram suas boiadas em busca de valores mais altos. Em Goiás, a maior oferta de fêmeas pressiona os preços e a cotação da vaca gorda está em R$ 250,00 por arroba a prazo. Em Alagoas, o boi gordo está cotado a R$ 282,00 por arroba a prazo; a vaca gorda a R$ 272,00 por arroba a prazo; e a novilha a R$ 282,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes registram alta. A menor produção por parte dos frigoríficos, principalmente os que atuam no mercado externo, está influenciando a oferta. Sinais de estoques mais ajustados permitem preços mais firmes no atacado. O traseiro está cotado a R$ 21,60 por Kg.