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09/Mar/2023

Boi: exportação de carne mantém bom ritmo no ano

O desempenho das vendas externas de carne bovina neste começo de 2023 já é o segundo melhor da história, atrás apenas do recorde observado em 2022. Em janeiro e em fevereiro de 2023, o Brasil embarcou 286,64 mil toneladas de carne bovina in natura, contra 299,65 mil toneladas no ano passado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Frente a anos anteriores, o volume escoado nos dois primeiros meses de 2023 está 37% acima do observado no mesmo período de 2021 e 26% maior que o de 2020.

Em fevereiro/2023, especificamente, o volume exportado somou 126,44 mil toneladas, com quedas de 21,06% frente ao de janeiro/2023 e de 20% em relação ao volume de fevereiro/2022 e o menor desde dezembro/2021, quando, vale lembrar, o País estava retomando os envios à China, depois de uma suspensão de pouco mais de dois meses, provocada justamente por casos atípicos de “mal de vaca louca”. Considerando-se exclusivamente os meses de fevereiro, o volume embarcado em 2023 está inferior apenas ao recorde registrado em 2022, quando quase 160 mil toneladas da carne in natura foram escoadas pelo Brasil. Isso evidencia que o mercado externo continua sendo muito importante ao País.

A receita somou US$ 613,94 milhões em fevereiro/2023, queda de 20,86% frente à de janeiro/2023 e 31% inferior à de fevereiro/2022. Destaca-se que a diminuição da receita e do volume entre os dois primeiros meses deste ano se deve também ao menor número de dias úteis em fevereiro. O preço pago pela carne bovina em fevereiro foi de US$ 4.855,20 por tonelada, com pequeno avanço de 0,26% frente ao valor de janeiro/2023, mas com queda expressiva de 13,15% em um ano.

Neste caso, verifica-se que, diante de incertezas econômicas mundiais, demandantes externos vêm pressionando as cotações de commodities e de alimentos, entre elas as da carne bovina. A China, maior destino da proteína brasileira, vem diminuindo o valor pago pela carne nacional ao longo dos últimos meses, e a questão sanitária deverá levar o país asiático a pressionar ainda mais as cotações. Por outro lado, a dependência chinesa pelo produto brasileiro pode levar o país a retomar as aquisições rapidamente. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.