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09/Mar/2023

Lácteos: preços recuando no 1º trimestre de 2023

Segundo o Rabobank, os preços dos lácteos recuaram neste primeiro trimestre, com maior oferta de leite e demanda mais fraca. Apesar disso, os níveis de estoque nas principais regiões exportadoras não são tão positivos. Há moderação do “otimismo” em relação ao crescimento anual da produção de leite. Os preços globais mais baixos de queijo, leite em pó e soro de leite, na comparação anual, devem apoiar as exportações. Ainda assim, muito depende das políticas internas chinesas e da resiliência mais ampla da demanda para sustentar os preços dos produtos lácteos em 2023.

A cadeia do produtor ao consumidor final estão com margens espremidas, com os preços dos produtos lácteos recuando ante os níveis de 2022. Laticínios e cooperativas entraram no ano com estoques caros, já que tiveram custos mais elevados para essa produção. Por outro lado, os consumidores estão sendo pressionados pelo aumento da inflação e das taxas de juros. Eles não deixaram de comprar laticínios, mas estão procurando preços mais atrativos. O preço do leite na fazenda acompanha as tendências globais do mercado de commodities e, por isso, caiu em 2023.

Enquanto isso, os elevados custos de insumos continuam impactando negativamente em todo o mundo e, combinados com os preços mais baixos do leite, resultam em pressão de margem aos produtores. Em resposta, as taxas de abate de vacas leiteiras aumentaram. É esperado que as importações de lácteos da China no primeiro trimestre de 2023 fiquem mais baixas em comparação com os níveis observados no primeiro trimestre de 2022. O ambiente macroeconômico continua complexo. A inflação diminuiu, mas principalmente devido à queda dos preços da energia. Há sinais claros de desaceleração do consumo das famílias, que deve continuar se deteriorando nos próximos meses. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.