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09/Mar/2023

Boi: preços estáveis e mercado físico enfraquecido

A continuidade do embargo sobre as exportações da carne bovina brasileira para a China, após a confirmação de um caso atípico do "mal da vaca louca", segue limitando as negociações no mercado físico do boi gordo. A conjuntura, que já era de cautela por causa da dificuldade de escoamento da proteína bovina no mercado interno, ficou ainda mais complicada com a restrição referente ao principal importador da carne bovina brasileira. A decisão de interromper a comercialização partiu do governo brasileiro, conforme previsto em acordo com os chineses, em caso de algum problema sanitário. Contudo, depois que a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) deu o caso da doença por encerrado e afirmou que não há risco para a cadeia produtiva do País, a liberação dos negócios está, portanto, na mão da China.

Enquanto o setor aguarda, os frigoríficos se ausentam das compras de gado terminado e tentam reorganizar suas escalas de abate. Em alguns casos, há relatos de férias coletivas em unidades cujo foco é o mercado chinês. Em São Paulo, os frigoríficos estão retornando às compras aos poucos, exceto as plantas exportadoras, que aguardam nova posição. O boi gordo segue cotado a R$ 271,00 por arroba à vista e a R$ 276,00 por arroba a prazo. Com a oferta de bovinos ajustada à demanda, os preços estão estáveis. As cotações apresentam alta em Alagoas, Bahia, Paraná, Rondônia e no Acre. Em Minas Gerais, as indústrias seguem atuando para atender outros mercados, exceto a China, principalmente a União Europeia. A cotação do boi gordo é de R$ 261,00 por arroba.

Neste Estado, há grande necessidade da indústria em originar bovinos com padrão exportação. No Pará, o boi gordo registra baixa e está cotado a R$ 222,00 por arroba. As exportações do Estado ao mercado russo também foram paralisadas, retirando a demanda remanescente por bovinos de categoria exportação. Em Santa Catarina, escalas de abate mais curtas por parte das indústrias e a maior procura por boiadas terminadas eleva o preço do boi gordo, que é negociado a R$ 285,00 por arroba a prazo. No Rio de Janeiro, o boi gordo é negociado a R$ 260,00 por arroba. Em São Paulo, no atacado, o traseiro do boi segue cotado a R$ 22,10 por Kg. O dianteiro e a ponta da agulha são negociados a R$ 15,10 por Kg. O fluxo de vendas é suficiente apenas para limitar alterações expressivas nos preços.