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09/Mar/2023

Frango: efeito da Gripe Aviária na exportação da UE

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as exportações da União Europeia diminuíram mais de 6% como resultado da retração nas importações de dois grandes importadores do produto: Gana, cujas compras no ano recuaram 34%; e República Democrática do Congo, que importou 9% menos que no ano anterior. Em 2021, embora a União Europeia já enfrentasse problemas com a Influenza Aviária, Gana e Congo não impuseram qualquer restrição às importações. E como haviam sido menos afetados pelas restrições impostas pela Covid-19, aumentaram o volume importado.

Mas, isso só foi conseguido com a venda de cortes até 30% mais baratos que o do concorrente brasileiro. Isso não se estendeu a 2022 porque, com o aumento expressivo dos custos de produção, as exportações de carne de frango da União Europeia para a África se tornaram menos competitivas. Dessa forma, a África do Sul, que havia importado cerca de 122 mil toneladas em 2019, importou apenas 2,3 mil toneladas em 2022. Tal retração é reflexo, também, do embargo imposto à carne de frango da Polônia devido aos surtos locais de Influenza Aviária.

Também devido ao embargo, situação semelhante ocorreu nas Filipinas (em 2022, redução de 92% em relação ao ano anterior), Hong Kong (redução de 54%) e Malásia (redução de 20%). Isso sem contar a redução de 34% nas exportações para a Ucrânia, cujo fluxo comercial foi interrompido com a invasão do país pela Rússia. Em 2022, pelo menos três dos importadores citados aumentaram suas compras do Brasil. O volume de carne de frango do Brasil destinado à Malásia aumentou 63%, o destinado à Filipinas 46% e o da República Democrática do Congo 36%. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.