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08/Mar/2023

Vaca Louca: Brasil pedirá à China revisão de protocolo

O governo brasileiro espera a liberação da exportação de carne bovina para a China, suspensa por um caso atípico de "mal da vaca louca" no Pará, para os próximos dias, e planeja uma revisão do protocolo sanitário com o país asiático que determina a suspensão automática do embarque da proteína de todo o Brasil quando um caso da doença é detectado, mesmo antes que seja definida sua natureza. O governo brasileiro apresentou às autoridades chinesas, nesta terça-feira (07/03), em uma videoconferência, o resultado da investigação do registro da doença feito no Pará pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e que determinou que era um caso atípico, quando o bovino desenvolve a doença por velhice e não pela versão transmissível, sem risco ao rebanho ou a seres humanos.

A expectativa é de que a China dê uma resposta sobre fim do embargo ainda nesta semana. O Ministério da Agricultura pedirá, em um futuro próximo, uma renegociação do protocolo assinado em 2015 para uma versão mais restrita, que não impeça a exportação de carne de todo o País quando ocorrer um registro da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como “mal da vaca louca”. A ideia é mudar o protocolo, pois não há necessidade de ser tão extenso. Uma alternativa seria, por exemplo, colocar sob embargo a exportação da carne vinda do Estado ou da região onde foi registrado o caso da doença.

O protocolo assinado em 2015 foi considerado necessário à época para abrir mercados como o chinês à carne brasileira. Um caso atípico de “vaca louca” registrado em Mato Grosso, em 2012, havia levado à suspensão da importação de carne brasileira por vários países. No entanto, assim como em 2012, todos os registros da doença feitos no Brasil (houve outro em 2019 e em 2021) foram os chamados de atípicos. O País nunca registrou casos clássicos de “vaca louca”, que podem se proliferar e gerar prejuízos ao rebanho. De acordo com os padrões da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), o Brasil ainda é considerado um país de risco insignificante para a doença, o que justificaria um protocolo menos rígido. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.