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07/Mar/2023

Boi: Brasil espera retomar vendas à China em breve

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, já comunicou o resultado da amostra do caso do “mal da vaca louca” ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A inserção das informações no sistema para a comunicação oficial à Organização de Saúde Animal (OMSA) e às autoridades chinesas também já foi iniciada. Assim que concluído o processo, será marcada uma reunião virtual entre o governo brasileiro e as autoridades chinesas para tratar do levantamento da suspensão das exportações da proteína bovina brasileira ao país asiático.

Por se tratar de caso atípico, ou seja, ocorrido por causas naturais em um único bovino de 9 anos de idade e com todas as providências sanitárias adotadas prontamente, o Ministério da Agricultura e Pecuária está adotando imediatamente as providências, de acordo com os protocolos sanitários, para que as exportações da carne bovina brasileira sejam restabelecidas o mais breve possível. O governo já havia informado sobre não haver perigo para a saúde da ingestão de carne bovina brasileira pelos consumidores e que a suspensão da venda aos chineses ocorreu em função de um protocolo assinado entre os países em 2015.

A China sinalizou ao governo brasileiro que pode dispensar o envio de uma delegação técnica do Brasil ao país asiático para reabrir as exportações de carne bovina brasileira com o caso sendo confirmado como atípico. As autoridades sanitárias chinesas afirmaram ao governo brasileiro que têm interesse na rápida retomada dos embarques. A expectativa do governo é de reabrir o mercado antes da viagem de Lula à China, prevista para o dia 27 de março. A China é o principal destino das exportações da carne bovina brasileira, representando mais da metade dos embarques.

Segundo dados consolidados de janeiro, a China respondeu por 57% das exportações do produto nacional naquele mês, com a movimentação de US$ 485 milhões. O segundo maior consumidor são os Estados Unidos, com 9,4% das exportações e movimentação de US$ 79 milhões em janeiro. Além da China, Tailândia, Irã e Jordânia também suspenderam temporariamente as importações da proteína brasileira. A Rússia embargou as compras de carne bovina exportadas pelo estado do Pará. No Estado, há apenas uma planta frigorífica habilitada no Serviço de Inspeção Federal (SIF) para exportar para a Rússia.

Segundo o Rabobank, a transparência com que o Brasil tratou o caso atípico de "mal da vaca louca" no Pará, notificando em pouco tempo Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), deverá dar celeridade à reabertura do país chinês à proteína brasileira. A retomada deverá ser forte e breve, mais rápido do que o último episódio. Os preços futuros já têm sinalizado essa expectativa. Os preços dos contratos futuros, negociados na B3, estão próximos aos verificados antes das suspensões dos embarques do Brasil à China, em 23 de fevereiro, alcançando a marca de R$ 290,00 a R$ 300,00 por arroba.

Há também um otimismo do lado dos chineses para que os embarques sejam retomados. Em 2019, o Brasil representava 24% das importações da proteína animal da China e em 2022 passou para 41%. Assim como o Brasil, a China também vê o País como um parceiro importante. No Brasil, o as indústrias repassaram a produção aos países vizinhos que atendem o mercado chinês e também destinaram a produção para outros mercados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.