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07/Mar/2023

Suíno: Capal cautelosa quanto ao cenário de 2023

A cooperativa Capal, que atua no Paraná e em São Paulo, vê um cenário cauteloso para o segmento de suínos em 2023. No ano passado, a produção e comercialização de carne suína da cooperativa recuou 3% em relação ao ano anterior. Neste ano, com a manutenção do elevado custo de produção e dos preços depreciados da carne suína, a cooperativa espera repetir o volume produzido em 2022, de 31.025 toneladas, e manter o faturamento estável. A demanda ainda deve continuar difícil este ano, após um 2022 bastante desafiador. Não deve haver melhora considerável no setor de carne suína neste ano.

O crescimento não tão acelerado na economia brasileira deve afetar o consumo de carnes, além do mercado chinês que está um pouco mais travado. É um setor sensível à economia doméstica e às exportações para a China, que baliza os preços internos. A cadeia agrícola representa 70% do faturamento da cooperativa, previsto no total de R$ 4,3 bilhões para 2023. Diante da conjuntura, a Capal pretende segurar investimentos no setor até o segmento voltar a apresentar sinais de crescimento. Em 2022, a cooperativa aportou cerca de R$ 50 milhões para aumentar o grau de industrialização da proteína recebida dos produtores cooperados e assim agregar valor à carne suína até então vendida majoritariamente in natura.

O investimento foi para aumentar a capacidade de produção de embutidos de suínos, como salames, linguiças e copas, produtos de maior valor agregado. Em determinado momento de 2022, a Capal estimulou até a redução de peso dos suínos para segurar os volumes produzidos. Hoje, o alojamento voltou ao normal, mas sem previsão de novos investimentos até a retomada do aumento das vendas e do consumo. A Capal industrializa sua produção de carne suína por meio da Alegra Foods, que mantém juntamente com as cooperativas Frísia e Castrolanda, ambas do Paraná.

De todo modo, a Alegra Foods, vai concentrar sua estratégia de expansão para São Paulo com o início da operação de um novo Centro de Distribuição, localizado em Barueri, com capacidade de 300 posições pallets. A expectativa da marca, que teve um faturamento total na casa dos R$ 1,07 bilhão em 2022, é crescer 20% na região, atingindo 1,5 mil toneladas para o Estado (atualmente a empresa distribui 800 toneladas, que representam 10% da produção da indústria). Em São Paulo, a Alegra distribui para cerca de 600 pontos de venda. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.