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06/Mar/2023

Gripe Aviária: RO intensifica ações de biosseguridade

As aves migratórias são os principais transmissores da Influenza Aviária de alta patogenicidade, doença que já teve foco confirmado em oito países da América do Sul: Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Chile e, mais recentemente, em fevereiro, Bolívia, Uruguai e na Argentina. Em decorrência da atividade viral em países tão próximos do Brasil, a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) tem intensificado as ações de biosseguridade, tanto na produção de aves de corte e postura quanto na de subsistência, e orientado produtores rurais sobre os sintomas da doença para uma atuação pontual e célere. Ou seja, ao menor sinal do patógeno, o criador deve comunicar o caso à Idaron.

Devido a presença do vírus na Bolívia, país que faz fronteira com Rondônia, a Idaron intensificará as ações nas regiões de fronteira. O objetivo é evitar a introdução e propagação do vírus no plantel do Estado, garantindo a segurança dos alimentos e sanidade das aves, bem como à saúde pública. Busca-se também maior interação com os órgão de proteção ambiental, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (iCMBio) e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam).

É primordial que a notificação seja feita o quanto antes à Idaron, em caso de mortandade de qualquer tipo de ave, silvestre ou de criação e produção. A Influenza Aviária nunca havia sido diagnosticada na América do Sul, até que, a partir de novembro do ano passado, foram confirmados casos em cinco países. Até outubro de 2022, a Idaron fazia apenas trabalho de rotina, com atividades de prevenção previstas pelo PNSA. Anualmente era feito o monitoramento para comprovação da ausência da atividade viral, agora o trabalho está mais intenso e as atividades de educação sanitária também foram reforçadas. No final do ano passado, os técnicos da Agência realizaram as ações que integram o componente três do PNSA, com coletas de amostras sanguíneas de aves em 39 propriedades.

A atividade foi desenvolvida em granjas que são denominadas de avicultura comercial. No início deste ano foi cumprido o componente quatro, com amostragem sanguínea em 31 propriedades de subsistência, de maior risco de ocorrência da doença. Em cada propriedade foram colhidas amostras de sangue e suabes de 11 aves, para análise laboratorial. No trabalho realizado na avicultura de subsistência, a Idaron priorizou amostragens em propriedades que tenham grandes corpos d’água, como rios, lagos e represas, uma vez que abundância hídrica é um grande atrativo às aves silvestres. A execução dos componentes três e quatro visam demonstrar para o mercado internacional a ausência da atividade viral no Estado.

Os trabalhos desenvolvidos pela Idaron visam não só atender de forma rápida e precisa qualquer notificação de suspeita, como também intensificar os trabalhos nas granjas cadastradas e registradas para que sejam cumpridas as normas que estabelecem os registros dessas propriedades. O registro é feito em propriedades com mais de 1.000 aves, nas quais são realizados laudos de vistorias, com check list para fiscalizar o cumprimento de todas as medidas de biosseguridade, que visam impedir o contato das aves alojadas com as aves de vida livre, além do controle e desinfecção de pessoas e veículos que ingressem nessas propriedades. Fonte: Idaron. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.