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02/Mar/2023

Boi: preços pressionados pela redução na demanda

O mercado físico do boi gordo interrompeu a estabilidade que vinha sendo observada nas principais regiões pecuárias do País e começa a repercutir o cenário de redução da demanda por gado terminado. Isso porque a maior parte dos frigoríficos exportadores segue ausente das negociações, no aguardo do restabelecimento das exportações de carne brasileira para a China. A exportação deve ser retomada assim que o laboratório no Canadá comprovar que o bovino no Pará que apresentou sintomas do “mal da vaca louca” teve um caso atípico da doença, ou seja, ela se desenvolveu naturalmente no organismo do animal, e não por fatores externos.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 270,00 e R$ 271,00 por arroba à vista e a R$ 276,00 por arroba a prazo. A queda se dá pela comercialização de boiadas a indústrias que operam apenas no mercado doméstico. Em Mato Grosso, há recuos em localidades, com queda de R$ 10,00 por arroba no preço do boi gordo e de R$ 15,00 por arroba para a vaca gorda. O cenário baixista também predomina em Tocantins com o boi gordo cotado a R$ 217,00 por arroba. Novos recuos não estão descartados, pois um grande player da região está ausente das compras.

Em geral, o mercado está estagnado. A oferta de rebanhos existe, mas em menor quantidade em razão da queda nos preços. Outro fator que limita a disponibilidade de bois prontos nas negociações são as pastagens que estão em boas condições. Há relatos de indústrias, que atuam apenas com o mercado chinês, que começam a dar férias coletivas em algumas de suas unidades frigoríficas, centralizando suas operações ao mercado doméstico em unidades com capacidade de abate menor. Em São Paulo, no atacado, o traseiro do boi está cotado a R$ 21,60 por Kg e o dianteiro, a R$ 15,10 por Kg.