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28/Fev/2023

Boi: preço pressionado pela demanda enfraquecida

As negociações com boi gordo no mercado físico devem seguir lentas, a exemplo do observado na semana anterior. O principal motivo é a retração da procura de frigoríficos por bois terminados, seja por causa da lentidão no consumo doméstico ou em razão da suspensão das exportações de carne bovina para a China. A indústria tende a permanecer afastada das compras, ao menos enquanto a situação externa não for solucionada. Enquanto isso, os pecuaristas seguram os bovinos nas pastagens à espera de resoluções sobre o tema.

Não há como prever a duração do embargo, mas o mínimo será até a liberação de informação quanto à classificação de risco de ocorrência do caso de "vaca louca" no Brasil, determinada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Os resultados laboratoriais devem ser divulgados nesta semana, indicando se o caso se trata do tipo clássico ou atípico. Em São Paulo, os preços estão pressionados e o boi gordo está cotado a R$ 271,00 por arroba à vista. Com a expectativa de maior oferta de carne destinada ao mercado, muitos frigoríficos, principalmente os que atendem apenas o mercado interno, optaram por reduzir a quantidade de dias de abate, à espera de uma definição quanto à exportação.

Em relação à oferta, os bons volumes de chuvas nas regiões de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais dão suporte à pastagem. Por outro lado, há registros de que os níveis de precipitação elevados prejudicam o manejo dos bovinos no campo diante do solo encharcado. No atacado de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, as médias gerais dos cortes analisados apresentaram queda de 0,3% nos últimos sete dias, enquanto em Minas Gerais, o recuo é de 1,3% no mesmo comparativo. Para os próximos dias, novas quedas não são descartadas em razão do embargo das exportações e do fim das festividades de Carnaval.