27/Fev/2023

O mercado físico do boi gordo tem baixa liquidez, com indústrias esperando os desdobramentos do caso do "mal da vaca louca" no Pará. O desfecho das investigações da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) deve ser conhecido no início desta semana, com o resultado dos exames indicando se o caso se trata da doença atípica ou não. A expectativa de agentes do mercado é de que a suspensão dos embarques ao mercado chinês, que passou a valer no dia 23 de fevereiro seja breve.

O laudo da OMSA deve concluir que o caso brasileiro da doença não representa risco para a cadeia de produção bovina, o que tende a manter a classificação do Brasil como país com risco insignificante para a doença. Apesar disso, a liberação das exportações à China, que estão suspensas, ainda dependerá da decisão dos chineses. Em São Paulo, a cautela predomina no mercado físico. As indústrias, em especial as exportadoras, estão mexendo nas escalas de abate e começam a espaçar a produção. No Estado, o boi gordo segue estável, cotado a R$ 280,50 por arroba à vista e a R$ 296,00 por arroba a prazo.

Em outras regiões pecuárias, o cenário também é de estabilidade generalizada. Em São Paulo, no atacado, as expectativas de reação do consumo durante o feriado de Carnaval não se confirmaram. Nos últimos sete dias, a vaca casada apresenta baixa de 4,5%. A carcaça casada de bovinos castrados tem recuo de 1,3%, sendo negociada por R$ 18,05 por Kg e a cotação da carcaça de bovinos inteiros registra queda de 3,5%, precificada em R$ 16,64 por Kg.