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27/Fev/2023

Boi: governo busca regularizar exportação à China

O governo brasileiro tenta acelerar os protocolos sanitários para regularizar a exportação de carne bovina para a China após a suspensão das vendas em razão de um caso de mal da “vaca louca” em Marabá (PA). O objetivo é que as relações comerciais estejam regularizadas antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcar para um encontro bilateral com o presidente chinês, Xi Jinping, previsto para o dia 28 de março. A ocorrência foi confirmada pelo Ministério da Agricultura (Mapa) e o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) no dia 22 de fevereiro. Imediatamente, o governo brasileiro suspendeu a exportação da carne para o gigante asiático, conforme determinam os protocolos sanitários adotados por Brasil e China desde 2015. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), nome científico do “mal da vaca louca”, foi registrado em apenas 1 bovino de nove anos, já abatido, e que fazia parte de um rebanho de 60.

Os demais estão isolados na pequena propriedade. Pelos exames já realizados, o touro apresentava degeneração cerebral por ser mais velho, e desenvolveu a doença. Não houve nenhum tipo de contaminação, até porque os bovinos eram criados a pasto na propriedade, sem uso de ração animal. Por isso, a ocorrência tem sido tratada como um caso atípico, ou seja, isolado, e não um tipo “clássico” que envolva a contaminação de um rebanho. Na quinta-feira (23/02), Carlos Fávaro recebeu o embaixador da China no Brasil. Ele destacou o fato de o Brasil ter cumprido imediatamente o protocolo sanitário e reforçou a intenção de promover a cooperação agrícola entre os países. Amostras do bovino e informações foram encaminhadas ao laboratório da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), localizada em Alberta, no Canadá.

A expectativa do governo é de que, em poucos dias, haja uma contraprova sobre o caso. A partir daí, as relações comerciais poderiam ser regularizadas nas próximas semanas. A ideia é de que a situação seja normalizada antes da ida do presidente Lula à China. O Ministério da Agricultura aguarda o resultado do teste para confirmação de caso atípico, mas, com transparência e segurança, ressalta que não há motivos para os consumidores se preocuparem. Os últimos casos no Brasil foram registrados em 2021, em Minas Gerais e Mato Grosso. Na ocasião, as vendas para a China ficaram suspensas por mais de 100 dias. A China é o maior comprador da carne brasileira, tendo respondido por 57% das exportações do produto nacional em janeiro, com a movimentação de US$ 485 milhões (cerca de R$ 2,4 bilhões). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.