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24/Fev/2023

Boi: previsão de rápida retomada de vendas à China

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ao que tudo indica, o caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença conhecida popularmente como "mal da vaca louca", registrado em um bovino no Pará se trata da doença atípica e não clássica da enfermidade. Porém, ainda se aguarda o resultado oficial do laboratório em Alberta, no Canadá (local oficial da Organização Mundial de Saúde Animal - OMSA para a realização deste tipo de teste), confirmando a tipificação da doença. Até a comprovação dos testes, as exportações de carne bovina para a China ficam suspensas, conforme protocolo assinado com o país. Os embarques para os outros países seguem normais, para o mercado brasileiro da mesma forma, sem risco nenhum.

A maior preocupação no momento é o tempo que a China levará para reabrir as exportações brasileiras de carne bovina. Em 2021 demorou quatro meses. Foi usada a situação comercial para forçar a redução no preço da carne. Neste momento, isso não deve ocorrer, porque a China está comprando menos, após o Ano-Novo Chinês, e porque o preço da proteína está mais baixo. A notícia cria um alarde no mercado físico do boi gordo. O setor aguarda o resultado oficial do teste para EEB e, logo em seguida, se confirmar que o caso é atípico, haverá uma retomada imediata dos embarques. Para a entidade, é oportuno rever o protocolo entre o Brasil e a China para que, assim que for identificado que algum caso de EEB seja atípico, haja uma retomada automática das exportações, sem a necessidade de visitas de equipes sanitárias chinesas para fazer vistorias. É um ponto que cabe discussão.

A CNA levará o assunto ao Ministério da Agricultura para que o tema seja debatido. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou, sobre a revisão do protocolo, que, neste momento, isso não será a pauta principal, mas considera ser possível avançar na exigência atual. A revisão desse protocolo se baseia em confiança e em credibilidade, por isso o governo brasileiro tem tanta preocupação com a transparência, com a credibilidade das informações e a boa diplomacia para que, a partir disso, seja possível discutir um protocolo que não se suspendam imediatamente as exportações com um caso isolado, e possa haver procedimentos menos danosos ao mercado. Mas, por ora todos os protocolos serão cumpridos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.