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24/Fev/2023

Boi: preços devem recuar após caso de “vaca louca”

O mercado físico do boi gordo está praticamente paralisado, em função da notícia do caso suspeito de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), o “mal da vaca louca”, em um bovino no Pará, divulgado na segunda-feira (20/02) e que foi confirmado pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro na quarta-feira (22/02). As exportações de carne bovina brasileira para a China foram suspensas a partir desta quinta-feira (23/02), cumprindo protocolo assinado entre os dois países. Na quarta-feira (22/02), a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) confirmou que o resultado do teste para EEB no bovino afetado deu positivo.

Segundo a agência, o caso ocorreu em uma propriedade com 160 cabeças de gado, que foi isolada pelo órgão. A propriedade foi inspecionada e interditada preventivamente. Ainda se está apurando se se trata de caso atípico (comum em animais mais velhos) ou clássico, resposta que deve sair em breve, a partir de testes confirmatórios realizados em um laboratório do Canadá. Até mesmo as ações de frigoríficos fecharam em queda por causa do temor do “mal da vaca louca” e das consequências sobre as exportações de carne bovina brasileira, sobretudo para a China. Diante dessas incertezas, praticamente não há negociação de boiadas, sobretudo para exportação. Muitas unidades de abate optam por se manter fora das compras de gado.

A notícia caiu como uma “bomba” e traz de volta as preocupações com cancelamentos e bloqueios nas exportações. Após a confirmação do caso atípico de “vaca louca” pela Adepará, os preços estão pressionados, devido à falta de liquidez. Mesmo que apenas as exportações de carne bovina para a China sejam suspensas num primeiro momento, elas têm o poder de desestruturar toda a cadeia produtiva. O mercado futuro do boi gordo na B3 já antecipou essa forte queda. Em São Paulo e em outros mercados regionais, os preços estão estáveis, o que não indica firmeza, mas sim falta de negócios e baixo apetite dos frigoríficos, sobretudo os que exportam carne bovina para a China. Em São Paulo, no atacado, o traseiro está cotado a R$ 21,10 por Kg; o dianteiro a R$ 15,60 por Kg; e a ponta da agulha a R$ 15,10 por Kg.