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06/Fev/2023

Leite: China clonando vacas altamente produtivas

Cientistas chineses clonaram com sucesso três “super vacas” que podem produzir uma quantidade extraordinariamente alta de leite, informou a mídia estatal, saudando isso como um avanço para a indústria de laticínios da China reduzir sua dependência de raças importadas. Os três bezerros, criados por cientistas da Northwest University of Agricultural and Forestry Science and Technology, nasceram na região de Ningxia nas semanas que antecederam o Ano Novo Lunar em 23 de janeiro, informou o jornal estatal Ningxia Daily. Eles foram clonados de vacas altamente produtivas da raça Holstein Friesian, originária da Holanda. As vacas escolhidas são capazes de produzir 18 toneladas de leite por ano, ou 100 toneladas de leite ao longo da vida. Isso é quase 1,7 vezes a quantidade de leite que uma vaca média nos Estados Unidos produziu em 2021, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O primeiro dos bezerros clonados nasceu em 30 de dezembro por cesariana devido ao seu tamanho relativamente grande de 56,7 Kg. Os cientistas fizeram 120 embriões clonados das células da orelha das vacas altamente produtivas e os colocaram em vacas substitutas, de acordo com o Technology Daily. O nascimento das “super vacas” foi considerado um avanço que permite à China preservar as melhores vacas de uma maneira economicamente viável, informou o Global Times. Apenas 5 em cada 10.000 vacas na China podem produzir 100 toneladas de leite em suas vidas, tornando-as um recurso valioso para a reprodução. Mas, algumas vacas altamente produtivas não são identificadas até o final de suas vidas, tornando difícil criá-las. Até 70% das vacas leiteiras da China são importadas do exterior, de acordo com o Global Times.

A China planeja levar de dois a três anos para construir um rebanho composto por mais de 1.000 super vacas, como uma base sólida para enfrentar a dependência da China de vacas leiteiras estrangeiras e a questão do risco de ser ‘sufocado’ por interrupções na cadeia de suprimentos. Em muitos países, incluindo os Estados Unidos, os fazendeiros criam clones com animais convencionais para adicionar características desejáveis, como alta produção de leite ou resistência a doenças, ao pool genético. A China fez progressos significativos na clonagem animal nos últimos anos. No ano passado, uma empresa chinesa de clonagem de animais criou o primeiro lobo ártico clonado do mundo. Em 2017, cientistas chineses disseram ter produzido gado clonado com maior resistência à tuberculose bovina, um risco para o gado em muitos países. Fonte: Isto É Dinheiro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.