03/Fev/2023

Segundo relatório trimestral do Rabobank, a produção de suínos na Europa é menor neste início de ano e, por isso, os preços na região devem seguir sustentados, a depender da demanda. Nos Estados Unidos, haverá aumento gradual na produção de carne suína no segundo semestre, enquanto a demanda pode desacelerar dependendo da situação econômica. A China vai gerar ainda mais incertezas, com os preços da proteína caindo significativamente no país por causa do excesso de oferta previsto para o curto prazo e da demanda fraca, mas pode se recuperar fortemente se as infecções por Covid-19 se estabilizarem e a confiança do consumidor aumentar.

Como a oferta leva tempo para responder aos sinais do mercado, a volatilidade continuará. Os produtores poderão escolher o momento certo para expandir e contrair. A demanda mundial ainda é incerta em razão dos ventos macroeconômicos contrários. Países em desenvolvimento restringirão o crescimento do consumo de proteína animal. Além disso, a inflação, que preocupou muitos governos em 2022, provavelmente continuará a afetar o comportamento do consumidor. Por outro lado, o estímulo oferecido por alguns, principalmente nos países desenvolvidos, pode continuar a influenciar o consumo em 2023.

As exportações de carne suína têm potencial de crescimento limitado em razão das fracas perspectivas macroeconômicas e das mudanças na oferta e demanda em diferentes regiões. A oferta mais restrita nos países exportadores EUA, Canadá e UE provavelmente limitará o comércio global de carne suína no 1º semestre de 2023. Do lado da demanda, o avanço da inflação e estoques elevados acumulados em 2022 no Japão e na Coreia do Sul pressionarão as necessidades de importação desses mercados. O Sudeste Asiático terá maior produção de carne suína em 2023, o que significa menores importações para preencher a lacuna de oferta. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.