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03/Fev/2023

Boi: recuo de preços atinge toda a cadeia produtiva

Apesar de os preços da cadeia pecuária de corte nacional terem registrado certa oscilação ao longo de janeiro, as médias mensais fecharam com pequenas quedas em relação às de dezembro/2022. Esse cenário é verificado após a reação observada de novembro para dezembro, quando o aquecimento nas vendas internas de carne e o leve avanço nas exportações da proteína sustentaram os valores. Assim, em janeiro, o maior volume de chuvas em algumas regiões do Centro-Sul do País e as vendas mais estáveis na virada do ano não deram sustentação às cotações. O enfraquecimento nos valores esteve atrelado ao crescimento na produção de bovinos jovens e, consequentemente, à maior oferta de gado pronto para ao abate. No primeiro mês do ano, o preço médio do boi gordo em São Paulo foi de R$ 285,97 por arroba, sendo 2,1% inferior à média de dezembro.

No caso do bezerro, o Indicador ESALQ/BM&F (Mato Grosso do Sul) teve média de R$ 2.395,32 por cabeça em janeiro, queda de 1,1% em relação à média do mês anterior. Quanto à carne negociada no atacado de São Paulo, a carcaça casada do boi foi negociada à média de R$ 18,93 por Kg em janeiro, recuo de 2,8% frente à de dezembro. Ressalta-se que, em 2022 e em 2021, o mês de janeiro se caracterizou como um período de valorização para o boi gordo e para a carne bovina, devido ao período de final de confinamento e à demanda externa bastante aquecida. Em 2022, o boi gordo se valorizou 3,4% em janeiro e a carcaça casada, 2,3%. No primeiro mês de 2021, os avanços foram de respectivos 5,53% e de 4,8%. Para o bezerro, houve queda no preço no primeiro mês de 2022, de 3,6%, mas alta de 1,64% em janeiro de 2021. Todos os cálculos foram realizados tendo como base os valores médios mensais deflacionados pelo IGP-DI.

Considerando-se janeiro de anos anteriores, especificamente no caso do boi gordo, a retração atual no preço médio é a maior desde 2020, quando a queda na cotação chegou a 9%. Agora, com exceção de 2020, a baixa atual é a mais intensa desde 2011, quando a desvalorização do boi gordo em São Paulo foi de 2,7%. Quanto à carne bovina, o cenário é similar ao do boi gordo, com a retração de janeiro deste ano sendo a maior desde 2020, quando a carcaça casada se desvalorizou expressivos 9,6% no atacado de São Paulo. Também se desconsiderando janeiro de 2020, a retração observada no primeiro mês de 2023 é a mais forte desde 2012, quando a desvalorização da carcaça chegou a 3,35%. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.