01/Fev/2023

Os preços do boi gordo seguem estáveis no mercado físico com a fraca movimentação. Os frigoríficos diminuem as compras de gado terminado, enquanto avaliam as vendas de carne bovina do fim de semana passado. Para o curto prazo, há expectativa de escoamento maior de carne bovina no atacado, em razão do início do mês de fevereiro e do pagamento dos salários, que também pode estimular a demanda no mercado físico do boi gordo. Os pecuaristas continuam em posição confortável, já que os pastos têm melhores condições após as chuvas e garantem a engorda a menor custo. Ou seja, ainda estão em condições de resistir à investida de baixa da indústria.

Além disso, após a comemoração do feriado do Ano-Novo Chinês, a China pode realizar compras mais expressivas do Brasil. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 264,00 por arroba à vista e a R$ 276,00 por arroba a prazo. O fim do feriado do Ano-Novo Chinês traz a expectativa de volta às compras e movimenta o mercado físico. Na comparação diária, o preço do "boi China" tem alta pela segunda vez, para R$ 28500 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a oferta de bovinos está ajustada à demanda. As escalas dos frigoríficos atendem, em média, 9 dias e o boi gordo está sendo negociado a R$ 255,00 por arroba a prazo.

No Centro-Sul do País, a oferta começa a diminuir. O cenário se dá ao passo que surgem novos negócios para atender carregamentos ao exterior. Unidades de abate de médio porte optaram por sinalizar preços maiores em Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso para garantir oferta. Tal fato favoreceu a liquidez, mas logo fez com que as indústrias se ausentassem dos negócios. Em São Paulo, no atacado, há estabilidade de preço em boa parte dos cortes com osso. Mas, a demanda segue sem acompanhar a oferta, pressionando as cotações. Nos últimos sete dias, a cotação da carcaça casada de bovinos castrados registra queda de 0,4%, para R$ 17,58 por Kg. Para a carcaça de bovinos inteiros, a queda é de 1,1%, negociada a R$ 17,06 por Kg.