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31/Jan/2023

Exportação de milho preocupa cadeias de carnes

Segundo o Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne-SC), a previsão de aumento na exportação de milho brasileiro para o mercado chinês em 2023 tende a colaborar para o encarecimento do grão e ameaça a cadeia produtiva da carne. O setor tem crescente protagonismo internacional. Hoje, a cada três frangos consumidos no mundo, um é brasileiro. À medida que as exportações de grãos são facilitadas, desafios adicionais são impostos à indústria nacional. Além disso, a conta é muito simples: exportar uma commodity, como grão, gera menor retorno ao País do que transformá-lo em proteína animal, avançando na cadeia de agregação de valor, criação de empregos, riquezas e desenvolvimento.

Em 2022, a crise de grãos não se ampliou, mas também não houve diminuição de pressão nos custos de produção. Foi um ano de movimentos laterais. Sem desabastecimento, mas sem redução na média geral de preços. Este fato foi responsável por parte relevante nas margens reduzidas do setor, que ainda precisou lidar com a baixa capacidade do poder aquisitivo interno e global. Para 2023, os sinais preocupam, apesar de o setor estar mais preparado para negociações e mais atento aos seus estoques e compras, há sempre a competição com o mercado internacional.

A entidade não defende intervenção de mercado, mas propõe a criação de facilitadores para o desenvolvimento da agroindústria brasileira, incentivando o empreendedor rural e agroindustrial porque é a fórmula mais rápida e eficiente para alavancar o desenvolvimento do País. O setor não pode ficar exposto às competições desequilibradas e anos seguidos de margens reduzidas, que geram desinvestimentos, envelhecimento do parque industrial e, consequentemente, perdas de competitividade. Inevitavelmente, estes custos adicionais chegarão ao consumidor. Fonte: Broadcast Agro.