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24/Jan/2023

Boi: preços estão pressionados no mercado físico

O boi gordo deve se manter pressionado nos próximos dias, após acumular queda em boa parte do País na semana passada. Se intensificam as tentativas de ofertas de aquisição abaixo da referência no mercado físico. De fato, há espaço para novos recuos, já que não é esperada reação no escoamento de carne bovina no curto prazo, principal fator que reduz o interesse de compra da indústria. A disponibilidade de bois terminados também está um pouco maior, o que deve adicionar pressão ao mercado nesta semana. Mas, os preços pouco atrativos na venda e as pastagens em melhores condições após as chuvas recentes fazem pecuaristas reter os bovinos, sem o risco de perda de peso.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 264,00 por arroba à vista e a R$ 266,00 por arroba a prazo. O cenário é de pressão sobre as cotações e as escalas de abate estão confortáveis. Há ajustes na programação de abate tendo em vista os estoques nas unidades frigoríficas. O "boi China" está cotado a R$ 275,00 por arroba a prazo, mas ofertas abaixo da referência estão acontecendo. Em Mato Grosso do Sul, a boa oferta de bovinos terminados, a dificuldade de escoamento da carne, além de dias alternados para abate, resulta em queda nos preços do boi gordo para R$ 255,00 por arroba a prazo.

Em São Paulo, no atacado, a expectativa para o escoamento da carne bovina no mercado interno segue pouco otimista, já que a chegada da segunda quinzena do mês e o período de férias escolares contribuem para a demanda comedida em curto prazo. A carcaça casada de bovinos inteiros registra alta de 1,5%, nos últimos sete dias, a R$ 17,29 por Kg. A carcaça de bovinos castrados tem avanço de 0,6% no mesmo período, a R$ 17,68 por Kg. As negociações são lentas. O excedente de carne desossada das indústrias é despejado no atacado, que tem dificuldade em escoar o produto.