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12/Jan/2023

Boi: exportação de carne deve seguir forte em 2023

Assim como já esperado pelo setor exportador nacional, o Brasil escoou ao mercado externo volume recorde de carne bovina in natura de janeiro a dezembro de 2022. Além da aquecida demanda chinesa, os embarques nacionais foram favorecidos pelo câmbio em alto patamar – com média acima de R$ 5,00/dólar na maior parte do ano –, que manteve elevada a competitividade da proteína. De janeiro a dezembro de 2022, o Brasil exportou 1,996 milhão de toneladas de carne bovina in natura, um recorde, conforme dados da Secex. Além disso, esse volume superou em 28% o do mesmo período de 2021 e ficou 15,7% acima do até então recorde, registrado em 2020 (quando 1,75 milhão de toneladas de carne bovina foram embarcadas pelo País). Um destaque do ano passado foi o preço pago pela tonelada da carne exportada, que teve média de US$ 6.000, contra US$ 5.030 em 2021 e US$ 4.351 em 2020.

Com esse aumento no valor pago pela proteína e o volume recorde, a receita adquirida também foi a máxima histórica, somando US$ 11,823 milhões de janeiro a dezembro, expressivos 48,4% acima da registrada em 2021. Em moeda nacional, o montante ficou próximo de R$ 61 bilhões em 2022, um recorde, sendo 42,7% acima do de 2021 e expressivos 51,7% a mais que em 2020. O bom desempenho das exportações ao longo do ano passado foi fundamental para a cadeia pecuária nacional, tendo em vista o fraco ritmo das vendas da proteína no mercado doméstico. Assim, as vendas externas auxiliaram no escoamento da produção, que, por sua vez, vem registrando recuperação – contexto evidenciado nos dados do IBGE, que apontaram crescimento no volume de abate nos três primeiros trimestres de 2022.

Em dezembro, especificamente, foram 152,8 mil toneladas de carne exportadas, 2,66% a mais que em novembro, 20,39% superior ao volume de dezembro de 2021 e um recorde para o mês, ainda de acordo com dados da Secex. Até então, a maior quantidade escoada pelo Brasil no último mês de um ano havia sido em 2019, quando 148,8 mil toneladas foram escoadas. Vale lembrar que 2019 foi o ano em que a China intensificou de forma agressiva as compras de carne bovina no Brasil. Ressalta-se que, para 2023, as vendas externas devem seguir aquecidas, mas é fundamental que o setor exportador nacional reforce as relações com outros importantes destinos da carne, tendo em vista que a China, maior parceiro comercial da proteína, mostra sinais de possíveis reduções no volume a ser adquirido no mercado internacional. Além do posicionamento frente ao combate aos novos casos de covid-19, a China vem se esforçando para recuperar a produção de suínos. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.