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09/Jan/2023

Suíno: produção e exportação crescerão em 2023

Mesmo com as incertezas econômicas que permeiam o mercado mundial, para 2023, a expectativa é de que o setor suinícola brasileiro cresça neste ano de 2023. O fundamento vem dos possíveis aumentos das demandas interna e, sobretudo, externa. Para o Brasil, o PIB nacional pode ter crescimento de apenas 0,8% em 2023 e a inflação deve chegar em 5,3%. Diante desse cenário, o poder de compra do brasileiro tende a se manter fragilizado, o que, por sua vez, acaba aquecendo a demanda doméstica pela carne suína, que apresenta mais competitividade que outras proteínas, como a bovina. Atualmente, a carne suína já registra maior competividade que as principais substitutas, bovina e de frango.

Em 2022, o quilo da carcaça especial suína negociada no mercado atacadista de São Paulo acumulou queda de 6% frente à de 2021, em termos nominais, ao passo que a carcaça casada bovina e o frango inteiro resfriado se valorizaram 3% e 6% no período. Ressalta-se que estratégias da indústria em investir em diversificação e posicionamento do produto suinícola no mercado doméstico devem ser mantidas em 2023, fortalecendo a demanda pela proteína. Quanto à procura externa pela carne brasileira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que as exportações nacionais tenham incremento de 2,7% entre 2022 e 2023. Projeções da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) são ainda mais otimistas e apontam crescimento de 12%, com embarques podendo chegar a 1,250 milhão de toneladas neste ano. A aposta do setor está na diversificação dos destinos e na consolidação de parcerias firmadas ao longo do ano passado.

Em relação à produção de carne suína, estimativas apontam avanço de 3,3% na produção nacional de 2022 para 2023, com o volume chegando a 5,4 milhões de toneladas. Quanto ao número de animais abatidos, na mesma comparação, espera-se crescimento da ordem de 4,5% em 2023, com o número de suínos abatidos atingindo 58,9 milhões de cabeças em 2023. Por outro lado, é importante destacar que o custo de produção elevado deve seguir pressionando as margens de lucro do suinocultor brasileiro, especialmente os que atuam no mercado independente. Mesmo com o potencial aumento da oferta brasileira de milho e de farelo de soja, principais insumos da nutrição animal, os patamares de preços destes produtos devem seguir elevados, diante das incertezas das condições de oferta e de procura globais. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.