22/Dez/2022

A demanda aquecida por carne suína, sobretudo para atender ao consumo de fim de ano, tem impulsionado os valores do animal vivo nesta segunda quinzena de dezembro. Na parcial de dezembro, o valor do suíno vivo negociado em São Paulo subiu 5,3% para R$ 7,91/Kg. No Oeste Catarinense, a alta foi de 5,6%, com o suíno comercializado a R$ 7,33/Kg. Em relação aos principais insumos utilizados na atividade, as cotações do milho estão firmes, e as do farelo de soja registram avanços, mas de forma menos intensa que os registrados para a proteína. Neste cenário, o poder de compra dos suinocultores paulistas e catarinenses frente a esses insumos tem aumentado. No mercado de milho, as cotações se mantêm firmes na maior parte das regiões.

A sustentação vem do intenso ritmo de embarques nos últimos meses e do possível reaquecimento da demanda internacional - bombardeios em regiões portuárias da Ucrânia e preocupações com a seca na Argentina trazem compradores externos ao Brasil. A saca do grão está cotada em São Paulo a R$ 86,05. Quanto ao farelo de soja, a aquecida demanda interna e externa mantém em alta os valores do derivado. Na Argentina, principal fornecedor global deste derivado, a oferta da safra 2021/2022 é baixa, e o mercado está incerto quanto ao volume a ser produzido na temporada 2022/2023, por causa do clima desfavorável. Diante disso, as expectativas são de que a demanda chinesa por farelo de soja se desloque ao Brasil. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.