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15/Dez/2022

Frango: Pará reforça vigilância contra gripe aviária

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) prossegue com a realização das ações do Plano de Vigilância Epidemiológica de Influenza Aviária e Doença de NewCastle no Pará. Desde o início do mês, uma equipe formada por 22 profissionais, entre Fiscais Estaduais Agropecuários (FEAs) e Agentes Fiscais Agropecuários (AFAs), está em campo coletando material biológico das aves para estudo. O plano pretende demonstrar a ausência das doenças na avicultura industrial, em virtude do aumento dos casos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP -– vírus H5N1) na América do Sul. Até o momento, foram notificados focos da doença em países vizinhos como Colômbia, Equador, Venezuela, Peru e Chile. Em alguns limitando-se a aves silvestres e outros atingindo aves de subsistência ou de produção. De acordo com o Ministério da Agricultura (Mapa), essa é a maior epidemia de IAAP ocorrida no mundo e a maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves de subsistência, de produção ou aves silvestres locais.

O reforço das medidas de biosseguridade pelos produtores tem o objetivo de mitigar os riscos de ingresso e disseminação da IAAP no País. A intensificação das ações de vigilância inclui, por exemplo, a testagem de amostras coletadas de aves de subsistência criadas em locais próximos a sítios de aves migratórias para monitorar a circulação viral, permitir a demonstração de ausência de infecção e apoiar a certificação do Brasil como país livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade. No Pará, a investigação epidemiológica ocorre no plantel avícola industrial em 98 Granjas de 21 municípios. São 59 granjas de corte (risco muito baixo), 1 matrizeiro (risco baixo), 35 estabelecimentos criadores de galinhas de postura (risco moderado), 1 estabelecimento criador de patos (risco alto), 2 estabelecimentos criadores de codornas (risco alto). No total, serão investigadas 1.122 aves e coletadas 16.930 amostras biológicas, que serão enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, de Campinas (SP).

Até a semana passada, os fiscais estaduais já haviam percorrido algumas das principais propriedades produtoras de aves do Estado. O trabalho leva em conta o cronograma de abate das aves informado pelo setor produtivo. Foi formada uma equipe mais robusta de veterinários para atuar em Santa Izabel, Benevides, Ananindeua e Santa Bárbara porque é na região Metropolitana de Belém, onde há o maior contingente de granjas de corte. A atividade realizada está diferenciada com a implementação de medidas de biossegurança levando em consideração o alerta sanitário do Mapa e que foram acertadas em reunião com o setor produtivo. A equipe que coleta o material biológico não entra nos galpões das granjas onde as aves ficam alojadas. Depois, todas as aves que passam pela coleta são sacrificadas e incineradas, respeitando os critérios de bem-estar animal. Todos os EPIs utilizados na coleta são incinerados também. E, deve-se obedecer ao distanciamento mínimo de 5 metros entre os fiscais da Adepará e os técnicos das granjas para evitar o trânsito e a introdução de doenças no aviário.

O Brasil possui o terceiro maior plantel avícola do mundo e é o maior exportador de carne de frango, comercializando para mais de 150 países. A vigilância do plantel avícola tem caráter preventivo com a finalidade de manter o território livre das duas doenças, evitando restrições comerciais que impactem negativamente na cadeia produtiva. A avicultura do Pará ocupa posição de destaque no cenário produtivo brasileiro, com a maior produção avícola da Região Norte do País e é a segunda maior atividade do setor agropecuário do Estado. Adicionalmente, apresenta um incremento crescente anual maior que outros Estados da Federação. Além disso, grande parte da produção de frangos de corte é realizada no sistema de integração, que vem crescendo a cada ano. Por isso, tanto o setor avícola quanto o governo do estado do Pará estão em alerta máximo para Influenza Aviária. Também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que acomete aves domésticas e silvestres, que geram graves consequências à saúde animal, à economia e ao meio ambiente.

O Brasil nunca apresentou aves contaminadas por este vírus, ou seja, a doença é exótica no País. Porém, esta enfermidade nunca esteve tão próxima. O Plano de Vigilância criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é um estudo epidemiológico contínuo realizado através de vigilância ativa e passiva cujos objetivos são a detecção precoce de casos Influenza Aviária (IA) e Doença de NewCastle (DNC) nas populações de aves domésticas e silvestres, bem como a demonstração de ausência dessas doenças na avicultura industrial de acordo com as diretrizes internacionais de vigilância para fins de comércio. O Brasil possui o terceiro maior plantel avícola do mundo e é o maior exportador de carne de frango, comercializando para mais de 150 países. O Pará protege o seu plantel avícola por meio das ações da Adepará, principalmente com o objetivo de implementar a biosseguridade nos aviários paraenses fazendo com que os estabelecimentos cumpram os pré-requisitos de sanidade avícolas preconizados pela legislação vigente. Fonte: Adepará. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.