15/Dez/2022

Segundo o Itaú BBA, o Brasil está preparado para atender a demanda internacional por carne de frango em um contexto de preços elevados nos Estados Unidos e na China, assim como pelo avanço da gripe aviária em importantes players produtores. Em contrapartida, os casos recentes de enfermidade em aves silvestres na Colômbia, Peru e Equador têm exigido o reforço de ações de prevenção no País. Embora não esteja nas rotas migratórias dessas aves, é fundamental resguardar as áreas comerciais do risco.

Após a virada do ano, os preços da ave no mercado interno terão o desafio de não cederem muito em um momento em que a demanda cai significativamente. O que dependerá diretamente dos alojamentos de novembro e dezembro. As margens apertadas, em tese, sugerem um ritmo mais contido de oferta, e do lado da demanda doméstica também não há grande estímulo a uma aceleração da produção, com indicações de vendas mais contidas neste final de ano.

No mercado atacadista, os preços da carcaça bovina e da ave estão mais próximos da média histórica desde meados do ano, o que reduz a demanda pela carne de frango. Além disso, a tendência para o setor de bovinos é de maior oferta em 2023 e, possivelmente, a carne mais barata, o que significa que essa disputa das proteínas pelo consumidor final continuará forte, isto é, sem grande apelo de preços a favor do frango, como observado há um ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.