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15/Dez/2022

Ovos: consumo registra forte expansão no Brasil

Há 15 anos, ainda não havia um consenso entre os médicos e os cientistas sobre o impacto do consumo de ovos na dieta das pessoas. Hoje, por outro lado, os especialistas desmistificaram o produto e reconhecem o seu valor nutritivo e sua importância como fonte de proteína animal. Em seus mais diversos modos de preparo - frito, cozido, poché, mollet ou mexido, dentre tantos outros -, estima-se que, durante o período de um ano, o brasileiro consome 257 ovos, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Esse valor é quase o dobro daquele estimado a 15 anos atrás, quando a média era de 131 ovos por habitante ao ano. Essa mudança de hábitos de consumo também exigiu um crescimento de produção no campo. Em 2021, por exemplo, o país produziu 55 bilhões de ovos.

Espera-se que esse valor seja até superado em 2022. Esse movimento ocorre como um reflexo do aumento dos preços das carnes, em que as pessoas passaram a comer mais ovos para compor seus pratos e, assim, suprir as necessidades nutricionais. Com a maior demanda, porém, o preço do produto também subiu. No acumulado do ano, o produto está 15% mais caro. Muitos produtores precisaram abater algumas aves poedeiras e isso fez com que se diminuísse a oferta do produto. Esse quadro de oferta e demanda já está mais ajustado e o produtor tem tentado manter os preços para que o valor não fique muito caro para o consumidor, uma vez que a demanda continua alta. Nos mercados, há uma gradação nos preços dos ovos que acompanha o tipo de criação a que as aves foram submetidas.

Ovos de galinhas livres de gaiola ou ovos orgânicos, por exemplo, são mais caros, pois o trato desses animais exige mais recursos, espaço e cuidados do que aquele convencional. Na grande maioria das vezes, as aves vivem nas granjas em situações precárias, presas em gaiolas pequenas e vivendo com o único objetivo de gerar ovos. Muitas empresas, inclusive, do varejo, comprometeram-se em comprar ovos apenas de galinhas livres de gaiolas, mas, justamente por conta da grande demanda, não estão conseguindo fazer o compromisso valer. Há estudos que comprovam que a melhor qualidade de vida da galinha pode até fazê-la gerar mais ovos, mas, com a inflação e o poder de compra diminuindo, muitas vezes a origem dos produtos que consome deixa de ser uma prioridade. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.