14/Dez/2022

Com oferta restrita de bois terminados, os pecuaristas que ainda dispõem de bois gordos tentam elevar suas indicações nesta semana, mas sem muito sucesso, porque a indústria segue abastecida e com escalas alongadas. Os produtores barganham preços mais altos, principalmente pelo avanço no consumo doméstico de carne bovina nesta primeira metade de dezembro. Mas, os frigoríficos analisam o desempenho do atacado antes de voltar a comprar. Assim, a negociação é lenta e os preços se mantêm estáveis. A indústria conseguiu alongar escalas porque pagou mais pelo boi gordo na semana passada, sobretudo por lotes maiores e de qualidade.

Em São Paulo, as programações de abate da indústria atendem a uma média de 12 dias úteis. Com este cenário, não deve haver novos ajustes positivos no preço do boi gordo no curto prazo. As relações de oferta e demanda devem se manter nos atuais moldes até o fim deste ano, com preços estáveis no País. Em São Paulo, o boi gordo está cotado R$ 276,00 por arroba à vista e a R$ 29,00 por arroba a prazo. A estabilidade de preços predomina na maioria das regiões do País nesta semana, com movimentações pontuais de valores em algumas regiões. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado R$ 265,00 por arroba a prazo.

Do lado da oferta a disponibilidade de boiadas terminadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás está mais limitada do que as demais regiões. Os compradores estão recorrendo a Estados vizinhos, como Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, para conter avanços significativos nos preços locais. Em São Paulo, no atacado, o valor da carcaça casada de bovinos castrados registra recuo de 1,1% nos últimos sete dias, negociada a R$ 17,86 por Kg. As baixas são puxadas principalmente pelo corte do dianteiro para consumo e pelo charqueado, que estão com dificuldade de escoamento. Para os bovinos inteiros, a baixa é de 0,9% nos últimos sete dias, com a carcaça cotada a R$ 17,34 por Kg.