ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

05/Dez/2022

Boi: Brasil é importante fornecedor de carne aos EUA

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil continuará sendo um importante exportador de carne bovina para os Estados Unidos em 2023, mas sem aumento na cota de 65 mil toneladas por ano. O País é o maior exportador para os Estados Unidos dentro da categoria ‘Outros Países’ de quotas tarifárias (TRQ) estipulada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), a qual limita as exportações de carne para os Estados Unidos em até 65 mil toneladas. A demanda pela proteína brasileira continuará firme no próximo ano por causa de uma oferta mais restrita de boiadas terminadas em razão do ciclo pecuário de baixa. Notavelmente, o Brasil carece tanto de uma cota específica quanto de um Acordo de Livre Comércio (FTA) com os Estados Unidos. Por enquanto, o Brasil concorre dentro da cota ‘Outros Países’. O Brasil se tornou o maior fornecedor de carne bovina entre janeiro e março de 2022 nos Estados Unidos.

O Serviço de Inspeção de Segurança Alimentar (FSIS) está avaliando países exportadores potenciais para determinar a equivalência para as importações de carne bovina, o que significa que a concorrência pela cota de ‘Outros países’ pode aumentar no futuro. O Brasil preencheu a cota total em abril deste ano, mas, ainda assim, continuou a ser o principal exportador dentro da categoria até setembro e o quinto maior exportador, atrás apenas do Canadá, México, Nova Zelândia e Austrália. O produto brasileiro permaneceu competitivo apesar de incorrer no imposto fora da cota por causa dos altos preços da carne bovina nos Estados Unidos, demanda firme por carne bovina industrializada e concorrência global limitada. Entre janeiro e junho, o Brasil desbancou a Austrália e a Nova Zelândia como terceiro maior fornecedor do mercado norte-americano. Quaisquer mudanças nas quotas da OMC requerem consulta, da mesma forma, mudanças nas cotas do FTA exigem negociações entre os Estados Unidos e o país parceiro.

Neste caso, o Brasil. Na maioria dos casos, uma cota de FTA é eliminada gradualmente após um determinado período de tempo. Como resultado, os Estados Unidos não alteram ou intervêm unilateralmente em seus acordos de cotas. Pesquisa do Serviço Nacional de Estatística Agrária (Nass) mostra que o rebanho bovino dos Estados Unidos continua a se contrair em 2022. Tanto as taxas de abate mais altas quanto o gado engorda até setembro de 2022 reforçam ainda mais que o rebanho bovino dos Estados Unidos continuará sua contração em 2023. As importações de carne bovina historicamente permanecem elevadas com a oferta de gado pronto para abate e a produção de carne bovina reduzida. Espera-se que essa tendência continue em meio a uma contração do rebanho prevista para 2023. A capacidade de produção do Brasil supera em muito a de seus concorrentes no TRQ ‘Outros Países’. Foi reiterada a possibilidade de o Brasil continuar sendo o principal exportador dentro da sua categoria em 2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.