02/Dez/2022

A expectativa de aumento do consumo interno de carne bovina em dezembro pode significar preços mais remuneradores aos pecuaristas. A reação é esperada pelo setor produtivo há meses. Ao longo de novembro, a movimentação no mercado físico foi atípica, com cotações pressionadas e valor médio de comercialização em São Paulo abaixo do registrado em outubro. A maior oferta de boiadas terminadas no País pressionou os preços médios do boi gordo ao longo de novembro na maioria das regiões pecuárias.

A partir de agora, no entanto, há uma oferta bem reduzida de gado saindo dos cochos, o que pode sustentar os preços do boi gordo. Em São Paulo, o boi gordo registra alta e está cotado a R$ 274,00 por arroba à vista e a R$ 286,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, as indústrias encontram dificuldade na originação de volumes significativos de boiada gorda, desencadeando valorização nos preços. As escalas de abate atendem entre 3 e 5 dias e o boi gordo está cotado a R$ 285,00 por arroba. Em Tocantins, o boi gordo está cotado entre R$ 270,00 e R$ 275,00 por arroba a prazo.

Em Mato Grosso, os compradores concluíram as escalas da próxima semana dando preferência às fêmeas. Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada do boi foi negociada à média de R$ 19,45 por Kg em novembro, 0,6% acima da registrada em outubro, mas 5,6% abaixo da média de novembro de 2021. Esse pequeno avanço mensal sinaliza uma reação, depois de os preços médios terem caído por três meses seguidos. No geral, parte dos atacadistas indica que o varejo vem formando estoques, à espera de aquecimento na demanda com as festividades do final do ano.