02/Dez/2022

Os governos de Peru e Equador declararam uma emergência de saúde animal na quarta-feira (30/11) devido a um surto de gripe aviária, depois que uma onda de casos levou ao abate de dezenas de milhões de aves na Europa e nos Estados Unidos. O Peru relatou seu primeiro surto grave do vírus altamente patogênico tipo A H5 no início de novembro, logo após o México anunciar que começaria a vacinar aves em áreas de alto risco. Cerca de 13.800 aves morreram de gripe aviária, principalmente no norte e no centro do país. As autoridades relataram pelicanos mortos afetados pela gripe aviária nas praias do norte e centro do Peru nas últimas duas semanas. Há preocupação de que a doença se espalhe ainda mais entre as aves comerciais e domésticas. O Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária (Senasa) emitiu um alerta de saúde na semana passada para evitar a propagação da gripe aviária tipo A, subtipo H5N1, para as aves de criação no país.

No Equador, o surto de gripe aviária foi detectado pela primeira vez no fim de semana passado em uma granja na província andina de Cotopaxi, ao sul da capital do país, Quito, desencadeando iniciativas de quarentena em áreas potencialmente infectadas. O Ministério da Agricultura do Equador informou que cerca de 180 mil aves na área devem ser abatidas para impedir a propagação do vírus. Durante os próximos 90 dias não será possível movimentar aves, produtos e subprodutos de origem aviária como ovos, frangos, galinhas, entre outros, das fazendas afetadas pelo surto. As autoridades locais disseram que o contágio detectado representa apenas 0,15% da população avícola do país, que conta com cerca de 263 milhões de frangos e 16 milhões de aves poedeiras. O setor avícola do Equador possui 1.810 fazendas e gera US$ 1,8 bilhão, cerca de 23% do Produto Interno Bruto (PIB) agrícola. Fonte: Reuters e IstoÉ Independente. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.