29/Nov/2022

Os preços do boi gordo devem seguir sustentados no mercado físico nesta semana. A expectativa é de preços estáveis e possíveis altas nos próximos dias devido à redução na oferta de gado para abate. O setor espera uma demanda mais consistente por carne bovina na reta final do ano. A expectativa é de que os estoques fiquem ajustados e que os preços mais firmes permitam mitigar custos e garantir margem. Os frigoríficos, embora ainda estejam pouco entusiasmados com o desempenho das vendas no varejo, posicionam-se de modo mais agressivo nas compras nos últimos dias e chegam a propor preços mais altos pelo boi gordo.

A menor oferta de boiada gorda é o que motiva a elevação nos preços. As indústrias que viram sua cobertura de oferta de bois a termo encurtar entraram em um ambiente de negócios no balcão onde indicam valores mais altos para efetivação de novos acordos. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 269,00 por arroba à vista e a R$ 271,00 por arroba a prazo. Os preços de bovinos voltados para a exportação apresentam alta de R$ 5,00 por arroba, para R$ 285,00 por arroba. No Paraná, a redução na oferta de bovinos terminados está elevando os preços do boi gordo. A cotação atual é de R$ 285,00 por arroba a prazo.

Em Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Maranhão, os preços apresentam alta. A firmeza dos preços em Mato Grosso do Sul se dá pela atuação de unidades de abate de pequeno e médio porte. Exportadores do Estado seguem abastecidos com bois oriundos de negociações a termo. Em Minas Gerais, as escalas de abate estão apertadas, em menos de 4 dias, o que impulsiona os preços. No Maranhão, a procura das indústrias se dá pela forte demanda internacional. Em São Paulo, no atacado, os preços da carcaça de bovinos castrados e inteiros registram recuo de 3,1% e 4,5%, respectivamente, nos últimos sete dias. O mercado de carne desossada segue firme.