28/Nov/2022
No Peru, o Serviço Nacional de Saúde Agrária (Senasa) emitiu um alerta sanitário por 180 dias após confirmar três casos de gripe aviária H5N1, que é muito contagiosa, em pelicano. O alerta foi emitido por precaução porque o vírus que chega com aves migratórias da América do Norte pode se espalhar em aves de quintal (perus, patos, galinhas e galos) e em granjas comerciais. Há três casos confirmados nas regiões de Piura, Lambayeque e Lima. A hipótese é de que a doença está sendo transmitida de aves silvestres que vêm da América do Norte, passam pelo país e chegam à Patagônia.
A suspeita é de que a espécie que está transmitindo o vírus é a gaivota-de-Franklin. Uma vez que a gripe aviária se instala, a situação epidemiológica é muito complicada. Este vírus tem uma taxa de mortalidade de 100%. Segundo o Serviço Nacional Florestal e da Fauna Silvestre (Serfor), cerca de 5.500 pelicanos apareceram mortos nas praias e áreas naturais de Piura (fronteira com Equador), Lambayeque e Lima nas últimas semanas. Nas margens da praia San Pedro, do distrito costeiro de Lurín, ao sul de Lima, cerca de 20 pelicanos foram encontrados mortos no dia 24 de novembro.
O primeiro surto de gripe aviária nas Américas ocorreu no Canadá no ano passado. Em janeiro de 2022 o vírus foi detectado nos Estados Unidos, afetando a produção avícola. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) manifestou preocupação e lançou a advertência de que com a temporada de migração das aves, a doença poderia chegar às Américas Central e do Sul. A gripe aviária é uma doença sem cura ou tratamento, causa alta mortalidade em aves silvestres e domésticas como patos, galinhas, francos, pavões, entre outros. Fonte: AFP. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.