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25/Nov/2022

Boi: preço sustentado pela demanda mais aquecida

Os frigoríficos buscam alongar suas escalas de abate em preparação para o fim do ano, o que pode dar alguma sustentação aos preços no curtíssimo prazo. A perspectiva de exportações também é positiva, enquanto a oferta é restrita, exceto por lotes derradeiros de boiadas compradas antecipadamente no mercado a termo. Esse fluxo deve se encerrar nas próximas semanas. Por enquanto, o boi gordo continua estável no mercado físico.

O Pará é o Estado do País que conta com escalas de abate mais alongadas, com 11 dias em média. Na sequência estão São Paulo, com 8,3 dias, Minas Gerais, com 7,5 dias, Tocantins, com 7,2 dias, Mato Grosso do Sul, com 7 dias, Goiás, com 6,9 dias. Mato Grosso tem escalas cobertas para 6,8 dias e Rondônia, 6 dias. A oferta oriunda do segundo giro de confinamento foi menor neste ano em razão dos custos elevados para a terminação dos bovinos no cocho. Poucos pecuaristas fizeram confinamento próprio.

Observa-se que a oferta está diminuindo em algumas regiões do País, o que contribui, pontualmente, para sustentação dos preços. O apetite de parte das indústrias começa a gerar uma dinâmica de liquidez no físico neste fim de mês. Houve repique de compras nos últimos dias em função do enxugamento da proteína em câmaras frias. O principal impulsionador desta demanda é o mercado externo, já que o escoamento da produção no mercado interno ainda continua aquém do esperado.

Em São Paulo, o boi gordo segue cotado a R$ 269,00 por arroba à vista e a R$ 271,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 251,00 por arroba a prazo. No Maranhão, o boi gordo está cotado a R$ 261,00 por arroba e em Minas Gerais, a R$ 271,00 por arroba. Há expectativas para a próxima semana em relação ao mercado atacadista. O consumo de carne bovina poderá ser impulsionado pelo pagamento dos salários, além do 13º salário, e jogos do Brasil na Copa do Mundo. Em São Paulo, no atacado, o traseiro do boi está cotado a R$ 21,10 por Kg.