24/Nov/2022

As fortes desvalorizações do boi gordo em São Paulo somadas à relativa estabilidade nos preços do bovino de reposição (Indicador do bezerro ESALQ/BM&F, Mato Grosso do Sul, nelore de 8 a 12 meses) vêm desfavorecendo a relação de troca ao pecuarista terminador (neste caso, produtor que compra reposição no mercado de Mato Grosso do Sul e termina em São Paulo). Diante disso, a relação de troca atual é a pior ao pecuarista em 2022.

Esse cenário deixa os produtores em alerta, tendo em vista que pode resultar em ajustes no planejamento para os próximos meses. Na parcial de novembro, o produtor de São Paulo precisa de 8,68 arrobas de boi gordo para a compra de 1 bovino nelore em Mato Grosso do Sul, 5% a mais que no mês anterior. Até então, o momento mais desfavorável ao pecuarista neste ano havia sido registrado em janeiro, quando foram necessárias 8,59 arrobas de boi gordo para fazer a reposição. A média da relação de troca deste ano está em 8,35 arrobas, evidenciando o atual momento desfavorável.

Na comparação com novembro do ano passado, a relação de troca atual é melhor ao terminador, tendo em vista que, naquele período, foram necessárias 9,34 arrobas de boi gordo para a aquisição de 1 bezerro. Vale lembrar que, em novembro do ano passado, os preços do boi gordo para abate estavam em baixos patamares, devido à suspensão dos envios de carne bovina à China, em decorrência de dois casos atípicos de “vaca louca” no Brasil. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.