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21/Nov/2022

Frango: Pará reforça fiscalização contra gripe aviária

O Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) emitiu Nota de Alerta sobre a Influenza Aviária de alta patogenicidade, detectada na Colômbia. A doença nunca foi diagnosticada no País. Porém, como a Colômbia faz fronteira com o Amazonas, foi solicitado aos Serviços Veterinários Oficiais dos Estados a adoção de medidas de prevenção para evitar a entrada do vírus no Brasil, que tem o terceiro maior plantel avícola do mundo e é o maior exportador de carne de frango, comercializando para mais de 150 países. Com a finalidade de proteger a cadeia avícola, o Mapa faz o acompanhamento permanente da doença no mundo e atua com os órgãos estaduais de sanidade agropecuária e setores privados da avicultura para garantir uma resposta rápida em caso de ocorrências no País. O Pará protege seu plantel avícola por meio de ações realizadas pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), principalmente com o objetivo de implementar a biosseguridade nos aviários, fazendo com que os estabelecimentos cumpram os pré-requisitos de sanidade avícolas preconizados na Instrução Normativa 56/2007 do Mapa.

A legislação define os procedimentos para registro, fiscalização e controle sanitário dos estabelecimentos avícolas, a fim de mitigar os riscos de transmissão da Influenza aviária e outras doenças nas granjas. Por meio do Programa Estadual de Sanidade Avícola é implementada a legislação sobre sanidade avícola. No Pará, há 330 granjas registradas, ou seja, certificadas conforme a legislação. São granjas de corte e de postura, 1 matrizeiro em processo de registro e 9 incubatórios ativos, que estão sendo regulamentados pelo Mapa. Os estabelecimentos avícolas do Pará foram aprovados em todos os requisitos de sanidade avícola do Mapa. A Adepará também monitora periodicamente os sítios de aves migratórias. No Pará existem três sítios de aves migratórias no Arquipélago do Marajó (municípios de Breves e São Sebastião da Boa Vista); Baía de Marajó (Vigia de Nazaré, São Caetano de Odivelas e Curuçá) e em Salinópolis, no nordeste paraense.

São coletados materiais biológicos das aves de subsistência nos sítios de aves migratórias para pesquisa de doenças, como Influenza Aviária e doença de Newcastle, e encaminhadas para o laboratório do Mapa, em Campinas (SP). Até o momento, não houve nenhum caso. Existe um cuidado do setor produtivo para garantir a biossegurança do plantel avícola. Os aviários da avicultura industrial de corte do Estado são todos telados. O objetivo é fazer com que as aves que estão dentro do aviário não tenham contato com aves de vida livre, que é um pré-requisito da legislação. A avicultura tem grande importância para a economia do Pará. Por isso, a Adepará alerta produtores da cadeia avícola para a necessidade de colocar em prática medidas de biossegurança nas propriedades e intensificar as boas práticas de criação, além de comunicar o SVO (Serviço de Verificação de Óbito) tão logo observe algum sintoma da doença entre as aves. Há colaboração do Conselho Estadual de Sanidade Avícola (Coesa), formado pelo setor produtivo, órgãos de fiscalização e instituições de ensino e pesquisa, que têm realizado reuniões no sentido de fazer o acompanhamento das ações em virtude do alerta emitido pelo Mapa.

Em outubro e novembro deste ano, a Colômbia detectou Influenza Aviária de alta patogenicidade em propriedades de aves de subsistência, tendo como fonte de infecção aves silvestres migratórias. Foram afetadas propriedades em Acandí, Chocó e na zona rural do município de Cartagena, localidades distantes da fronteira com o Brasil. Devido à primeira notificação da doença em um país da América do Sul, o grande número de ocorrências reportadas em diversos países e o início do período de maior migração de aves silvestres para o Brasil, o Mapa pediu atenção especial para três pontos: Fortalecimento da interação do SVO com o setor produtivo e com os órgãos de meio ambiente, para fortalecimento das medidas de vigilância e biosseguridade; Reforço das orientações para a equipe técnica dos órgãos estaduais de Sanidade Agropecuária para vigilância passiva de aves domésticas e silvestres, e atendimento a notificações de suspeitas; Reforço na disponibilidade de equipamentos de proteção individual (EPIs) e materiais para coleta e envio de amostras de casos suspeitos, e intensificação das fiscalizações dos estabelecimentos avícolas para verificação do cumprimento das medidas de biosseguridade.

A Influenza Aviária é uma doença viral altamente contagiosa, que afeta várias espécies de aves domésticas e silvestres. De notificação obrigatória, a doença é uma preocupação mundial. As variantes virais de alta patogenicidade provocam prejuízos econômicos com a mortalidade nos plantéis comerciais. Por causa dos danos à saúde humana e animal, e das consequências econômicas e sociais, a prevenção e o combate à Influenza aviária são uma prioridade global. Os principais sinais da doença são: aumento repentino de mortalidade de aves da criação; secreção nasal, tosse e espirros; diminuição na produção de ovos; diarreia e desidratação; falta de energia e diminuição no consumo de ração; incoordenação motora (sintomas nervosos) e sinais de apatia nas aves. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.