18/Nov/2022

Segundo o Rabobank, apesar da perspectiva positiva para o setor da bovinocultura, a desaceleração econômica pode fazer com que a demanda por carne bovina diminua. Enquanto essas influências econômicas acontecem, observa-se uma dinâmica do lado da oferta que também influenciará os mercados. Uma questão central é entender a dinâmica do mercado no próximo ano e saber se estará moldado mais pelas pressões do lado da demanda ou do lado da oferta. A produção global, dividida por Hemisférios, conta com os países do Norte em uma fase de declínio da produção, enquanto os do Sul estão aumentando.

No quarto trimestre de 2022 e no primeiro trimestre de 2023, a produção na Europa e nos Estados Unidos deve diminuir, enquanto na Austrália, Brasil e China a produção deve ficar estável ou aumentar. É esperado que a oferta na Nova Zelândia caia no quarto trimestre de 2022, mas aumente no primeiro trimestre de 2023. No geral, os volumes totais de produção para os principais mercados no quarto trimestre de 2022 e no primeiro trimestre de 2023 devem ser semelhantes aos períodos correspondentes do ano anterior. As moedas têm influência maior nos preços globais do gado, apesar de a maioria dos players produtores manter as cotações dos animais estáveis no terceiro trimestre de 2022.

Na Austrália, a divisa local se valorizou 8% no período, assim como na Nova Zelândia (5%), enquanto no Brasil recuou 7%, Argentina (-4%) e Uruguai (-7%). Em cinco áreas dos Estados Unidos a moeda ficou estável. A valorização do dólar norte-americano tem favorecido os países exportadores, com o preço do gado caindo em dólar. Também significou que os Estados Unidos recuperam a liderança com o gado mais caro. O dólar norte-americano deve permanecer forte em 2023, o que pressionará os elevados volumes de carne bovina dos Estados Unidos para exportação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.