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18/Nov/2022

Boi: preços estáveis e mercado com baixa liquidez

O escoamento ainda fraco da carne bovina no atacado afasta os frigoríficos das compras. A indústria avalia a estratégia de preços. As cotações do boi gordo se mantêm estáveis na maioria das regiões pecuárias. A conjuntura atual indica que o boi gordo atingiu um piso, com sustentação no curtíssimo prazo. Nas vendas externas também não há reação significativa que justifique um aumento da demanda dos frigoríficos. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 269,00 por arroba à vista e a R$ 271,00 por arroba a prazo. As escalas de abate vêm registrando leve queda com acomodação nos volumes.

Na média do País, a as escalas atendem, em média, 7,4 dias. Apesar do encurtamento das programações de abate e sinais de redução na oferta de lotes de negociações antecipadas, a cautela entre os frigoríficos neutraliza movimentos mais consistentes de alta nos preços. A oferta de bois terminados está mais enxuta, mas ainda é suficiente para atender as necessidades mais urgentes das indústrias. No restante do País, o boi gordo se mantém predominantemente estável. Em São Paulo, no atacado, a reação dos preços indica que o consumo no mercado interno, especialmente na cadeia de distribuição, trouxe perspectivas positivas quanto a um aumento da demanda pelo consumidor final.

Apesar da recuperação nos preços da carne bovina, este efeito ainda não foi acompanhado no mercado físico do boi gordo. O traseiro do boi está cotado a R$ 21,10 por Kg, o dianteiro a R$ 16,60 por Kg e a ponta da agulha, a R$ 16,10 por Kg. Segundo o Itaú BBA, mesmo que os preços da carcaça casada reajam, é possível que o boi gordo não acompanhe o movimento. Dado que o lado da oferta começará a contar com lotes de bois a pasto. As forragens estão se recuperando com a volta das chuvas e, consequentemente, com o ganho de peso dos bovinos, na maior parte das regiões pecuárias.