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18/Nov/2022

Boi: produtividade bate recorde no Brasil em 2022

Os preços do boi gordo seguem em queda no mercado brasileiro. Na parcial deste mês, o preço médio do boi gordo em São Paulo acumula baixa de 8,2%, a R$ 268,10 por arroba. Trata-se do menor patamar nominal desde novembro do ano passado, quando a suspensão dos envios de carne à China, devido a casos atípicos de “vaca louca”, pressionou com força os valores de negociação no Brasil. Apesar de a demanda externa estar aquecida ao longo deste ano, sobretudo por parte da China, o crescimento na oferta de bois prontos para o abate é que vem resultando em desvalorizações da arroba. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam esse cenário.

Foram abatidas 22,14 milhões de cabeças no Brasil de janeiro a setembro deste ano, aumento de 7,33% frente ao mesmo período de 2021 (ou de 1,5 milhão de cabeças). Agora, quando desconsiderado o ano passado, a quantidade abatida nos primeiros nove meses de 2022 ainda é a menor desde 2011, evidenciando que o setor pecuário nacional vem passando por uma recuperação na oferta de bovinos. Especificamente no terceiro trimestre de 2022, dados do IBGE apontam que 7,81 milhões de cabeças de bovinos foram abatidas no Brasil, crescimentos de 13% em relação ao terceiro trimestre de 2021 e de 5,78% na comparação com o segundo trimestre de 2022.

O IBGE também aponta crescimento na produtividade média do bovino, resultado de investimentos realizados por pecuaristas, mesmo diante de custos de produção bastante elevados. No terceiro trimestre de 2022, o peso médio do boi gordo no Brasil foi de 272,02 Kg, recorde para o período e atrás apenas da média registrada no quarto trimestre de 2021, quando atingiu 281,6 Kg. Frente ao segundo trimestre de 2022, o acréscimo no peso médio é de 3,19% e, em relação ao mesmo período do ano passado, de 0,01%. Quando considerada a média de janeiro a setembro/2022, a pecuária brasileira nunca produziu tanta carne. Foram, em média, 266,65 Kg por bovino, 0,07% superior ao antigo recorde, de 2021. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.